terça-feira, 20 de outubro de 2009

abrindo processo - conjugado



CONJUGADO

teatro/música/poesia

Quais são os verbos que repetimos todos os dias, com pronomes diversos? Resolvemos conjugá-los juntos. Nós , vindos de outros coletivos de teatro e música - Cia. Estável de Teatro, Dolores Boca Aberta e Nhocuné Soul – nos juntamos sob a égide da vagabundagem, do papo preguiçoso, mas certeiros no conteúdo: que espaços são esses que ocupamos, conjugando trabalho, afeto, transporte, corpos, fomes, tetos e paredes? Nossos olhares e experiências, plantadas e colhidas na periferia, serviram de medida para as perguntas que nos lançamos e moveram essa criação. Do poema que virou música, da cena que brincou dança, do discurso que se encarnou ação, erigimos um espetáculo de belas pedras, feito colar, encadeadas no mesmo fio, mas ainda assim sendo parte. Todo o trabalho se deu de forma coletiva, com material já criado por nós e parceiros ou trazido a partir das discussões que travávamos.

Aqui desfilam personagens e canções representativos de uma situação social naturalizada pelas relações de poder, geográficas, de gênero, da mídia, entre outras. Sobre tapetes trançados com fios de resto, dentro de roupas de retalho, tecendo tramas de algodão, som e prosa, discorremos dores e delícias. Nem tão suave que aliene, nem tão duro que desarticule.

Agora este espetáculo (que é um show que é uma peça que é...) é a cara de um verbo. Seja ele qual for, conjugado por NÓS. Inclusive você.


SINOPSE

Com cenas, músicas e poesias, esta criação versa sobre os espaços que ocupamos, compartilhando trabalho, afeto, transporte, tetos e paredes. Criação coletiva com membros de grupos artísticos cujo trabalho está vinculado com à periferia – Dolores Boca Aberta, Cia Estável e Nhocuné Soul.

FICHA TÉCNICA

Conjugado:

Andressa Ferrarezi

Luciano Carvalho

Osvaldo Hortencio

Renato Gama

Tati Matos


Uns que vêm: Juninho Batucada

Ronaldo Gama

Cenário e adereço: Conjugado

Iluminação: Luciano Carvalho e Conjugado

Figurino: Andressa Ferrarezi e Conjugado

Costureiras: Vera Lúcia e Maria Nilce

Parcerias: Danilo Monteiro, Érica (comuna urbana de Jandira - MST), Fábio Resende, João Campos, Marcelo Rio, Naiman, Tita Reis.

Design Gráfico: Marcelo Meniquelli



Serviço:

Conjugado. Com integrantes do Coletivo Dolores Boca Aberta, Cia. Estável de Teatro e Nhocuné Soul. Criação coletiva. Duração - 90 minutos. Classificação - 14 anos. GRÁTIS. Temporada - de 23 de outubro a 27 de novembro de 2009. Sextas às 21h. Local -CDM Patriarca, Rua Frederico Brotero, nº60 (Metrô Patriarca ZL - entre a escola José Bonifácio e o Posto de Saúde) Informações - (11) 8742-3775 / (11) 8524-8938 / (11) 8262-8479. Capacidade - 30 lugares.

Como chegar:

Metrô Patriarca. Descer rampa sentido Radial. Direita na Av. Cachoeira Paulista. Esquerda na rua Porto da Folha. Direita na Praça Araruva até Av. Patrocinio Paulista. Direita na Rua Tito Novaes. Esquerda na Rua Doutor Frederico Botero que é a rua do CDM.

Referência para carro - Avenida Estevam Carvalho/Metrô Patriarca, depois as referências acima citadas.

AGRADECIMENTOS:
Aos demais integrantes desses coletivos (Dolores, Estável, Nhocuné) e parceiros, Amanda Catarucci, André Luís Henriques, Dirce Ane de Melo Sobrinho, Kauê de Mateo, Ligéa de Mateo, Maria Eunice, Maria Lucia Sarrion, Maria Luiza, Maria Nilce Pereira, Paulo Arcuri e Xandi Gonça.

Contatos:

www.doloresbocaaberta.blogspot.com

www.ciaestavel.com.br

www.territorioestavel.blogspot.com

http://www.myspace.com/nhocune

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

dolores em cartaz - a saga do menino diamante

O Grupo teatral Dolores Boca Aberta Mecatrônica de artes está em cartaz.




Todos os sábados as 22H na Rua Doutor Frederico Brotero,60 prox ao metro patriarca.

Zona Leste de São Paulo.

Grátis

de 28/08 até 14/11 de 2009
Espetáculo/Festa A saga do menino Diamante, uma ópera periférica.
Duração de 6 ahoras de espetáculo.
Em caso de chuva nao haverá espetáculo
Vir agasalhado e com roupas confortáveis



"Nosso espetáculo tem a pretensiosa vontade de narrar a saga da aventura humana. Para contar esta história, utilizamos três prismas diferentes e simultaneamente unos, a saber: 1) o desenvolvimento do ser humano como ser social em sua saga histórica;2) a construção da cidade como fruto e estímulo da ação do ser social; 3) a formação da consciência do indivíduo como apreensão particular do ser social; Junto disso cabe a reflexão sobre a construção do herói e as grupalizações humanas que criam a figura do líder. O primeiro ato que traz consigo um apêndice, um prólogo alerta aos viajantes, versa sobre o movimento do ser social construtor de história, da cidade, do capital. Esse movimento passa pelo deslocamento/migração, aglomeração no espaço urbano, industrialização (automotiva, construção civil) e favelização. No seio desse deslocamento opera a ideologia que tenta pinçar a idéia de herói na figura dos escolhidos que são exemplo da funcionalidade do sistema. Um sistema hierárquico onde a perseverança, a resignação, a força de vontade, a competência individual, a competitividade, a rejeição do erro dentre tantas outras idéias são postas como características naturais e quando não como ideais de busca individual. Apresentar esse sistema é uma das tarefas da encenação do primeiro ato, apresentar as estruturas da construção da cidade é outra.Esta é a apresentação do intenso movimento de inúmeros personagens reprodutores da vida e que na somatória de suas experiências alienadas, sem se darem conta, constroem a cidade, a sociedade e a história.O segundo ato divide o público em dois grupos. A cisão dá-se de forma brusca. Num lado, o refugo humano vítima do despejo de uma favela; noutro, o seleto grupo de possíveis compradores de apartamentos de luxo em região nobre da cidade.Os despejados ficarão em céu aberto e os privilegiados no conforto das poltronas dentro da sala de apresentações. Nestes contextos aprofundamos as contradições da sociedade espetacularizada, em meio a luta de classes, em duas abordagens: 1) As grupalizações que reproduzem o ideário dominante sem a clara percepção de que o fazem.2) O asfixiante universo do indivíduo atomizado e consumidor das benesses e fetiches capitalistas. A trajetória humana apresentada aparentemente redunda num circuito fechado onde não há espaço para a transformação da vida social. O ciclo perfeito se rompe justo pela imperfeição e a novidade das relações sociais que reproduzem um modo/sistema, mas carregam consigo a imperfeição e a impossibilidade da exata repetição dos eventos. Entendemos imperfeição ou erro ou falta como virtude capaz de por em cheque todo e qualquer sistema que busca a perfeição na reprodução de sua própria existência.Soma-se a este esquema a tentativa de grupos humanos de analisar a realidade social e projetar caminhos para a transformação da realidade. A festa, ou terceiro ato, traz a possibilidade de quebra de alguns padrões e em posse de parcial liberdade, pois, mesmo aí a determinação social opera, experimentamos a bruma de um porvir, o projeto de sociedade descolado das cercas da ideologia dominante. A mesma festa é apresentada como o mergulho coletivo nas entranhas da sociedade do espetáculo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

filme + debate - à margem da imagem, com evaldo mocarzel

Cia. Estável de Teatro exibe e debate o filme “A margem da Imagem” com Evaldo Mocarzel


À Margem da Imagem
Ano de lançamento ( Brasil ) : 2003
Direção:
Evaldo Mocarzel
Atores: Moradores de rua
Gênero:Documentário
Duração: 01 hs 12 min

Sinopse:
Documentário sobre as rotinas de sobrevivência, o estilo de vida e a cultura dos moradores de rua de São Paulo, abordando temas como exclusão social, desemprego, alcoolismo, loucura, religiosidade e, como sugere o próprio título, o roubo da imagem dessas comunidades, promovendo assim uma discussão ética dos processos de estetização da miséria.

Evaldo Mocarzel
Documentarista nascido em Niterói em 1960, formou-se em jornalismo e cinema pela Universidade Federal Fluminense. Em 1999, dirigiu seu primeiro curta, Retratos no parque. Participou, na década de 1980, de cursos com profissionais do meio, ente os quais Doc Comparato, José Louzeiro, Joaquim Pedro de Andrade e Domingos Oliveira. Em 2001, realizou o curta À margem da imagem, que dois anos depois viria a ganhar uma versão em longa-metragem. O curta e o longa arrecadaram 19 prêmios dentro e fora do país, entre eles duas menções honrosas no Festival de Oberhausen (o curta), e melhor documentário no Festival de Gramado (o longa). Em 2004, dirigiu o longa Mensageiras da luz – Parteiras da Amazônia, sobre um grupo de parteiras do estado do Amapá, que ganhou prêmios nos festivas de Belém (filme e direção), Recife (especial do júri), Bahia (especial do júri), entre outros. Este projeto também teve duas versões: uma com 15 minutos e outra com 72, exatamente como aconteceu com À Margem da Imagem. Em 2005, fezDo luto à luta, sobre pessoas com Síndrome de Down, filme que estreou no 10º É Tudo Verdade e ganhou prêmios nos festivais de Recife (melhor documentário, filme, diretor, montagem, fotografia, prêmio da crítica e prêmio do público), Belém (melhor diretor e montagem), Gramado (prêmio do júri) e Rio (melhor filme pelo Júri popular). No mesmo ano, lançou o longa À margem do concreto, sobre os sem-teto e os movimentos de moradia na cidade de São Paulo, no Festival de Brasília, onde ganhou os prêmios de melhor filme pelo júri popular, melhor som e o prêmio especial do júri. O filme é a segunda parte de uma tetralogia de longas documentais sobre estratégias de sobrevivência à margem da Grande São Paulo iniciada em À margem da imagem. Em 2006, apresentou na seleção oficial do Festival de Brasília o documentário Jardim Ângela, sobre o bairro paulista que registra altos índices de violência. Em 2007, lançou no Festival do Rio Brigada pára-quedista, que acompanha a vida dos militares desta tropa e a visão que eles tem do próprio cinema. Em 2008, À margem do lixo, terceira parte de sua tetralogia, levou o prêmio especial do júri e prêmio do júri popular do 41º. Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Seus próximos projetos, sempre em tecnologia digital, são os documentários Cinema dos meus olhos, sobre a mostra de cinema de São Paulo, BR-3, filmagem da peça de teatro homônima, e Cineastas de Periferia, onde registra a visão de jovens diretores egressos de oficinas de cinema.

Exibição seguida de debate com o realizador Evaldo Mocarzel.

Dia 21 de outubro às 20h (Quarta-feira)

Na lona de circo do Arsenal da Esperança.
Rua Dr. Almeida Lima, 900 – Brás (Próximo à estação Bresser-Mooca do Metrô, entre o Museu da Imigração e a Universidade Anhembi-Morumbi).
Informações - (11) 8121 2070 / (11) 8708-9563.


Entrada: 1 kg de alimento não perecível.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

tuov na estável


A Lenda de Sepé Tiaraju

A encenação mostra a história da luta de resistência dos índios Guarani liderados pelo cacique Sepé Tiaraju nos 7 Povos das Missões contra a dominação luso-espanhola.

Duração: 60min
Recomendação etária: 14 anos

Com o Teatro União e Olho Vivo
Dia 25 de outrubro às 18h
Entrada: 1kg de alimento não perecível

mst exibe e debate "zona crítica" na estável

Dentro do projeto SobrePosições, a Cia. Estável apresenta Zona Crítica, seguido de debate com seus realizadores, militantes do MST.

O vídeo foi elaborado por João Campos, Nina Fideles e W.Jesus, a partir do curso de Teorias Sociais e produção do Conhecimento realizado em parceria entre a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para realizar este trabalho, que teve como objeto o mundo urbano, os autores do filme optaram por levantar questões entre o grupo e testar maneiras de socializar-las, num processo de reflexão sobre a forma de produção e socializão do conhecimento que são imposto pelas instituições acadêmicas. Os integrantes participaram igualmente do processo, sem que fosse necessária a coordenação geral de um dos participantes ou a divisão entre quem pensa e quem faz.

Todo processo envolveu reuniões de leitura e estudo coletivo, leituras individuais, pesquisas de filmes e vídeos, captação de imagens na cidade de São Paulo, elaboração de entrevistas, realização de entrevistas como espaço de aprofundamento de questões, elaboração do roteiro, montagem e edição do ví deo.

O resultado final, segundo os autores, oferece uma plataforma para iniciar de fato os estudos. Alçar voos mais altos em termos de pesquisa e objeto é a meta. Mas sempre buscando permanentemente formas diversificadas para socialização de debates e construção coletiva de conhecimento.

O filme já foi exibido em vários cursos de formação do MST, como em Ribeirão Preto no curso de Agroecologia e no curso de Comunicação e Cultura na Escola Nacional Florestan Fernandes.


Filme: Zona Crítica
Gênero: Documentário
Tempo de duração: 47 min
Produção: Proletas da Quebrada
Classificação: Livre

Exibição seguida de debate com os realizadores
No Arsenal da Esperança
Dia 19 de outubro às 20h
Na lona de circo.


E NO DIA 21 EVALDO MOCARZEL EXIBE E DEBATE UM DE SEUS DOCUMENTÁRIOS. EM BREVE MAIS INFORMAÇÕES.

apoio ao s.o.s. flávio império - cia. estável

MOÇÃO DE APOIO DA CIA. ESTÁVEL DE TEATRO AO ATO S.O.S. FLÁVIO IMPÉRIO

Nós da Cia. Estável de Teatro apoiamos o ato organizado por integrantes do projeto Vocacional de Dança e Teatro e do movimento de artistas locais para a continuação de um processo de reforma do Teatro Flávio Império que já dura, praticamente, longos 5 anos. Entendemos que a não reforma do teatro deve-se a uma questão meramente de vontade política e por isso a reivindicamos, assim como exigimos a reabertura urgente do espaço. Entendemos também que essas reivindicações são legítimas e de interesse de todo cidadão, ou coisa que o valha, pois desde 2005 as solicitações por esta reforma vêm sendo ignoradas pelo poder público.
É de responsabilidade de toda e qualquer administração garantir que o cidadão tenha acesso à cultura e que os trabalhadores da arte possam desenvolver seus trabalhos de forma livre e independente no espaço que pertence à comunidade.
Recentemente foi publicado pelo jornal Folha de São Paulo que a Prefeitura de São Paulo já gastou mais em propaganda neste ano do que o valor que cortou dos serviços de varrição de ruas e retirada de entulhos. Cortou 20% desses gastos, num total de R$ 58,4 milhões reduzidos na despesa com os serviços. Pretende gastar R$ 78,8 milhões com publicidade até o fim do ano, 134% mais do que o valor previsto no Orçamento para 2009 e 98,5% acima do gasto do ano passado, quando o prefeito foi reeleito. No próximo ano irá gastar três vezes mais em publicidade do que com educação.
Diante de tais números podemos entender a linha de raciocínio e prioridades da nossa atual administração. E daí fica a pergunta: Até quando a Periferia ficará Invisível aos olhos destes que são eleitos “representantes” de um povo?
Nossa participação nesta ação é um ato simbólico contra a falta de atenção a este importante bem público que está há anos sem reforma e nenhuma justificativa à comunidade, ferindo assim os princípios de uma possível democracia.
Aqui fica uma solicitação: Que venham frentes autônomas em prol da revolução cultural permanente e encenem a vida nos Cortejos Livres de toda a Leste.
Vamos avante. Por um teatro num lugar maldito. Mal Dito. Mau mau Dito.
Viva a luta em prol do Teatro Flávio Império!
Viva a luta contra a mercantilização da cultura!
Todo apoio ao S.O.S. Flávio Império!

11 de outubro de 2009

Cia. Estável de Teatro
http://www.territorioestavel.blogspot.com/

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

sapatos brancos - espetáculo de dança no arsenal

Espetáculo de dança contemporânea “Sapatos Brancos”

Núcleo artístico Luís Ferron

Cia. Estável de Teatro e Arsenal da Esperança recebem novamente o espetáculo de dança contemporânea Sapatos Brancos, dirigido por Luis Ferron, até domingo.

A apresentação, contemplada com o VI edital de Fomento à Dança, investiga as tradições do carnaval paulistano.

São retratadas as escolas de samba e, especialmente, o ritual presente na dança do Mestre Sala e da Porta Bandeira, explorando a riqueza do ritual e do gestual que compõem a dança dessas figuras centrais do carnaval.

Sapatos Brancos – Dias 10 (sábado) e 11 (domingo) de outubro às 20h.

Arsenal da Esperança

Rua Dr. Almeida Lima, 900 – Brás.

(Próximo à estação Bresser-Mooca do Metrô, entre o Museu da Imigração e a Universidade Anhembi-Morumbi).

Informações - (11) 8121 2070 / (11) 8708-9563.

Entrada: 1 kg de alimento não perecível.

Em caso de chuva forte não haverá espetáculo.