segunda-feira, 30 de março de 2009

sobre a ocupação da FUNARTE/SP


A ocupação da Funarte pelo Movimento 27 de Março encerra-se com acordo firmado entre os trabalhadores do Teatro e o Governo Federal, através de sua representante Cecília Garçoni, Secretária do Ministério da Cultura no Estado de São Paulo.

Durante as 24 horas seguidas de vigília e assembléia estiveram na ocupação aproximadamente 350 artistas e trabalhadores da Cultura.

Ressaltamos que durante a manifestação recebemos diversas monções de apoio de diferentes classes trabalhadoras, a citar: Ferroviários MT, MS, Bauru/SP, Sindicato dos Petroleiros/SP.

A partir das reivindicações da Carta Aberta - lida publicamente e entregue pessoalmente - redigida pelos trabalhadores durante a assembléia/vigília, resultou no agendamento da reunião de inicio de diálogo mais democrático e transparente, no dia 02 de Abril de 2009, às 14 horas, na Funarte/SP.

Para saber mais (fotos, links) clique aqui!




sexta-feira, 27 de março de 2009

fomento 2009



Cia. Estável foi contemplada na última edição do Programa Municipal de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo com o projeto SobrePosições: interferência artística como instrumento de provocação.

MERDA!!!



carta aberta ao ministério da cultura


Hoje, no Dia Mundial do Teatro, nós, trabalhadores de grupos teatrais de São Paulo organizados no Movimento 27 de Março, somos obrigados a ocupar as dependências da Funarte na cidade. A atitude extrema é provocada pelo falso diálogo proposto pelo governo federal, que teima em nos usar num debate de mão única. Cobramos, ao contrário, o diálogo honesto e democrático que nos tem sido negado.

O governo impõe um único programa: a transferência de recursos públicos para o marketing privado, o que não contempla a cultura mas grandes empresas que não fazem cultura. E se recusa, sistematicamente, a discutir qualquer outra alternativa.

Trocando em miúdos.

O Profic - Programa de Fomento e Incentivo à Cultura, que Vv. Ss. apresentam para discussão como substituto ao Pronac, que já existe, sustenta-se sobre a mesma coisa: Fundo Nacional de Cultura - FNC, patrocínios privados com dinheiro público (o tal incentivo/renúncia fiscal que todos conhecem como Lei Rouanet) e Ficart - Fundo de Investimento Cultural e Artístico.

Ora, o Fundo não é um programa, é um instrumento contábil para a ação dos governos. Já o Ficart (um fundo de aplicação financeira) e o incentivo fiscal destinam-se ao mercado, não à cultura. O escândalo maior está na manutenção da renúncia/incentivo fiscal, a chamada Lei Rouanet, que o governo, empresas e mídia teimam em defender e manter.

O que é a renúncia ou incentivo fiscal? É Imposto de Renda, dinheiro público que o governo entrega aos gerentes de marketing das grandes empresas. Destina-se ao marketing das mesmas e não à cultura. É o discurso que atrela a cultura ao mercado que permite esse desvio absurdo: o dinheiro público vai para o negócio privado que não produz cultura e o governo transfere suas funções para o gerente da grande corporação. Diminuir a porcentagem dessa transferência ou criar normas pretensamente moralizadoras não muda a natureza do roubo e da omissão do governante no exercício de suas obrigações constitucionais. Não se trata de maquiar a Lei Rouanet (incentivo fiscal); trata-se de acabar com ela em nome da cultura, do direito e do interesse público, garantindo-se que o mesmo dinheiro seja aplicado diretamente na cultura de forma pública e democrática.

Assim, dentro do Profic, apenas a renúncia fiscal pode se apresentar como programa, um programa de transferência de recursos públicos para o marketing privado, em nome do incentivo ao mercado. Trata-se, portanto, de um programa único que não vê e não permite outra saída, daí ser totalitário, autoritário, anti-democrático na sua essência.

E é o mesmo e velho programa que teima em mercantilizar, em transformar em mercadoria todas as atividades humanas, inclusive a cultura, a saúde e a educação, por exemplo. Não é por acaso que os mesmos gestores do capital ocupam os lugares chaves na máquina estatal da União, dos Estados e Municípios, coisas que conhecemos bem de perto em nosso Estado e capital, seus pretensos opositores.

E esse discurso único não se impõe apenas à política cultural. É ele que confunde uma política para a agrícultura com dinheiro para o agronegócio; que centra a política urbana na construção habitacional a cargo das grandes construtoras; e outra coisa não fazem os gestores do Banco Central que não seja garantir o lucro dos bancos. Não há saída, não há outra alternativa, os senhores continuam dizendo, mesmo com o mercado falido, com a crise do capital obrigando-os a raspar o Tesouro Público no mundo todo para salvar a tal competência mercantil.

Pois bem, senhores, apesar do mercado, nós existimos. Somos nós que fazemos teatro, mas estamos condenados: não queremos e não podemos fabricar lucros. Não é essa a nossa função, não é esse o papel do teatro ou da cultura. Nós produzimos linguagens, alimentamos o imaginário e sonhos do que muitos chamam de povo ou nação; nós trabalhamos com o humano e a construção da humanidade. E isso não cabe em seu estreito mundo mercantil, em sua Lei Rouanet e seu programa único.

Nós somos a prova de que outro conceito de produtividade existe. Os senhores continuarão a tratar o Estado e a coisa pública apenas como assuntos privados e mercantis? Continuarão a negar nosso trabalho e existência? Continuarão a negar a arte ou a cultura que não se resumem a produtos de consumo?

Por isso, além do FNC, exigimos uma política pública para a cultura que contemple vários programas (e não um único discurso mercantil), com recursos orçamentários e regras democráticas, estabelecidos em lei como política de Estado para que todos os governos cumpram seu papel de Poder Executivo.

É esse diálogo que os Senhores se negam, sistematicamente, a fazer enquanto se dizem abertos ao debate. Debate do quê? Do incentivo fiscal. Mas nos recusamos a compartilhar qualquer discussão para maquiar a fraude chamada Lei Rouanet.

Queremos discutir o Fundo. Mas queremos, também, discutir outros programas e oferecemos, novamente, o projeto de criação do Prêmio Teatro Brasileiro como um ponto de partida. Os Senhores estão abertos a este diálogo?


Movimento 27 de Março

São Paulo, Dia Mundial do Teatro e do Circo

terça-feira, 17 de março de 2009

temporada 2009


HOMEM CAVALO & SOCIEDADE ANÔNIMA

Com Cia Estável de Teatro. Texto - criação coletiva.
Direção - Andressa Ferrarezi. Duração - 90 minutos.
Classificação - 14 anos.

de 04/ABR a 31/MAI
Sábados e Domingos 20h

Ingresso: 1kg de alimetno não perecível

EM DIAS DE CHUVA NÃO HAVERÁ ESPETÁCULO

Reservas:
8708.9563
8249.8558
* as reservas estão garantidas até às 19h30.

ARSENAL DA ESPERANÇA - Rua Dr. Almeida Lima, 900 – Brás. (próximo à estação Bresser-Moóca do Metro)

SobrePosições


Este é o nome do novo projeto da Cia. Estável.
Tem como fundamento a criação de espaços de intervenção.
As atividades já começaram: encontro com os grupos Trupe do Trapo, Engenho Teatral, Brava Cia., Dolores Boca Aberta, Sinha Zózima, Grupo do Trecho; espetáculos convidados; temporada de Homem Cavalo & Sociedade Anônima; exercício de intervenção (processo de pesquisa) e muito mais.

FILTE 2009

A Cia Estável de Teatro foi selecionada e representará São Paulo na edição 2009 do FILTE (Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia) que ocorre em Setembro com os espetáculos O Auto do Circo e Homem Cavalo & Sociedade Anônima. Fica aí a dica para grupos e produtores de teatro: o FILTE é um importante festival que permite a troca de experiências com grupos da América Latina. Mais informações sobre os projetos contemplados e sobre o Oco Teatro Laboratório: