quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

um salve do wanderci, da flaskô

Aos amigos e camaradas da Cia Estável, meus agradecimentos. Não pude fazer o que gostaria para atender a todos da melhor maneira. Às vezes contamos com pessoas que se comprometem, querem ajudar, mas ainda se confundem nas próprias pernas. Isso ocorreu com relação ao local, não foram retiradas as bombonas e tivemos que levar a apresentação para outro local. Depois o pessoal se atrapalhou com o almoço, e além disso muita chuva castigou forte e pouca participação dos trabalhadores (depois de uma festa arretada no sábado, creio que foi um erro tê-la realizado antes da peça de teatro). Mas é assim mesmo, vivendo e aprendendo. Realizamos o possível e vocês mandaram de maneira excelente, apesar do cansaço, encantaram o público, quebrando mitos, elevando os espíritos e a consciência. Viva a Cia Estável a Cia que desestabiliza....Viva a anarquia na arte! Viva a organização, a consciência e a disciplina revolucionárias!


Aos camaradinhas que de todos os cantos vieram: um fraterno abraço.
No ano que vem certamente estaremos impulsionando as atividades do Comitê em Defesa da Flaskô e por uma Arte Independente.
Vocês são a chama da revolução.


Aos que ajudaram na organização do evento, um grande abraço e a eterna gratidão. Aos que se silenciaram, deve lhes restar somente a infelicidade e o amargor na boca por deixarem o trem passar e não terem embarcado para o fascinante pilotar da máquina da construção do socialismo. Companheiros de viagens...embarcarão no próximo trem, outros descerão...e os maquinistas seguirão em seu eterno labor. Avante camaradas!

A luta da Fábrica Flaskô respirou novo ar com a vossa visita! E quando souberem pela boca de Manú o que ocorreu aqui no domingo, certamente, em silencio agradecerão a todos vocês.

Wanderci

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

estável na homenagem ao reinaldo maia




Vamos ler na quarta um trecho de Verás que tudo é mentira, adaptação do Maia para a obra de Théophile Gautier. Montagem pré histórica do Folias.


Apareça!

Dia 14 - Segunda - Orestéia - às 20 h
Dia 15 -Terça - Medeia - às 21 h
Dia 16 - Quarta - O que é Teatro - Filme de Reinaldo Maia e leitura de cenas com os seguintes grupos: São Jorge, Brava, Farândula, Cia Estável. Início às 20 h
Dia 17 - Quinta - Ceci, beijou Peri, e agora José? 21 h seguida de debate.
Dias 19 e 20 - sábado e domingo - Ensaios abertos do espetáculo ÊXODOS.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

hc na flaskô

Fábrica ocupada por operários em Sumaré-SP há 6 anos e meio, como forma de evitar o fechamento de sua unidade produtiva e extinção dos postos de trabalho, ante a má gestão de seus antigos proprietários. A mesma desenvolveu projetos de implantação de uma Vila Operária com a construção de 300 casas no imenso terreno da fábrica e projetos sócio-culturais avançados, garantindo acesso a lazer, esporte e cultura para a população do entorno da fábrica, em Sumaré. Haverá uma programação dia 13/12/2009 na fábrica iniciando às 16h com um debate em que os operários falarão sobre o que consiste a experiência prática do controle operário e em seguida haverá apresentação do espetáculo “HOMEM CAVALO & SOCIEDADE ANÔNIMA” da Cia. Estável de Teatro.

Dia 13/12, Às 19h


Um ônibus vai sair às 14h em ponto (por isso chegar às 13h30) na frente da Livraria Marxista (Rua Tabatinguera, 326, metro Sé). Apenas com reservas... ligar 7167-6020.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

ultimas apresentações 2009 - hc&sa


Homem Cavalo & Sociedade Anônima
Dentro da Mostra de teatro de Rua organizada pelo Núcleo Pavanelli.

Dia 12/12 no Arsenal da Esperança, às 20h
Entrada 1kg de alimento não perecível.
Em caso de chuva não haverá espetáculo.


E dia 13/12 na Flaskô, em Sumaré, às 19h.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

mostra das oficinas 2009

Clique na imagem para visualizar!

CIA ESTÁVEL DE TEATRO APRESENTA

MOSTRA DE RESULTADOS DAS OFICINAS

PROJETO SOBREPOSIÇÕES

De 08 de novembro a 06 de dezembro somente aos domingos.


O ARTISTA SEM FOME
baseado no conto Um artista da fome, de Franz Kafka.

Resultado da oficina Laboratório de intervenção, da Cia. Estável de teatro dentro do projeto SobrePosições.
Um homem que consegue ficar longos períodos sem comer se torna atração de um circo. Encara sua arte como um dom, um privilégio. No entanto, as exigências deste mercado de trabalho se sobrepõem à sua própria sobrevivência.

Coordenação Osvaldo Hortencio

Dias 08 , 15 e 29 de novembro
Domingos às 15h.
____________________________________________________

Somente dia 06 de Dezembro.

Resultado das oficinas de Técnicas Circenses

Módulo I de Técnicas Circenses.

Apresentação do repertório técnico aprendido durante a oficina, tais como acrobacias de solo – cambalhotas, estrelas e poses acrobáticas, organizados em coreografias, tendo como base a gestualidade e teatralidade circense.

Coordenação: Osvaldo Pinheiro, Nei Gomes e Sandra Santanna.


Módulo II - Processo de montagem "A Revolução dos Bichos".

Apresentação de cenas do módulo II da oficina de circo que está em processo de montagem inspirado na “Revolução dos Bichos” de George Orwel. O espetáculo tem previsão de estréia para junho de 2010.Coordenação: Nei Gomes.


Domingo dia 06 de Dezembro às 16h (Módulo I) e às 18h.(Módulo II)


PROJETO SOBREPOSIÇÕES

Andressa Ferrarezi, Daniela Giampietro, Di Marina Freitas, Flávia Morena, Maria Carolina Dressler, Maurício Hiroshi, Nei Gomes, Osvaldo Hortencio, Osvaldo Pinheiro, Sandra Santanna, Sidney Nunes, e Zeca Volga.

Arsenal da Esperança - Rua Dr. Almeida Lima, 900 – Brás
(Próximo a estação Bresser-Mooca do Metrô, entre o Museu da Imigração e a Universidade Anhembi-Morumbi)

Em caso de chuva forte não haverá apresentação.

Informações: (11) 8121-0870 - (11) 8708-9563
ciaestaveldeteatro@gmail..com
www.territorioestavel.blogspot.com
http://www.youtube.com/watch?v=RkRiuaTgOnc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=xJbsu4NzmaQ
www.ciaestavel.com.br


terça-feira, 20 de outubro de 2009

abrindo processo - conjugado



CONJUGADO

teatro/música/poesia

Quais são os verbos que repetimos todos os dias, com pronomes diversos? Resolvemos conjugá-los juntos. Nós , vindos de outros coletivos de teatro e música - Cia. Estável de Teatro, Dolores Boca Aberta e Nhocuné Soul – nos juntamos sob a égide da vagabundagem, do papo preguiçoso, mas certeiros no conteúdo: que espaços são esses que ocupamos, conjugando trabalho, afeto, transporte, corpos, fomes, tetos e paredes? Nossos olhares e experiências, plantadas e colhidas na periferia, serviram de medida para as perguntas que nos lançamos e moveram essa criação. Do poema que virou música, da cena que brincou dança, do discurso que se encarnou ação, erigimos um espetáculo de belas pedras, feito colar, encadeadas no mesmo fio, mas ainda assim sendo parte. Todo o trabalho se deu de forma coletiva, com material já criado por nós e parceiros ou trazido a partir das discussões que travávamos.

Aqui desfilam personagens e canções representativos de uma situação social naturalizada pelas relações de poder, geográficas, de gênero, da mídia, entre outras. Sobre tapetes trançados com fios de resto, dentro de roupas de retalho, tecendo tramas de algodão, som e prosa, discorremos dores e delícias. Nem tão suave que aliene, nem tão duro que desarticule.

Agora este espetáculo (que é um show que é uma peça que é...) é a cara de um verbo. Seja ele qual for, conjugado por NÓS. Inclusive você.


SINOPSE

Com cenas, músicas e poesias, esta criação versa sobre os espaços que ocupamos, compartilhando trabalho, afeto, transporte, tetos e paredes. Criação coletiva com membros de grupos artísticos cujo trabalho está vinculado com à periferia – Dolores Boca Aberta, Cia Estável e Nhocuné Soul.

FICHA TÉCNICA

Conjugado:

Andressa Ferrarezi

Luciano Carvalho

Osvaldo Hortencio

Renato Gama

Tati Matos


Uns que vêm: Juninho Batucada

Ronaldo Gama

Cenário e adereço: Conjugado

Iluminação: Luciano Carvalho e Conjugado

Figurino: Andressa Ferrarezi e Conjugado

Costureiras: Vera Lúcia e Maria Nilce

Parcerias: Danilo Monteiro, Érica (comuna urbana de Jandira - MST), Fábio Resende, João Campos, Marcelo Rio, Naiman, Tita Reis.

Design Gráfico: Marcelo Meniquelli



Serviço:

Conjugado. Com integrantes do Coletivo Dolores Boca Aberta, Cia. Estável de Teatro e Nhocuné Soul. Criação coletiva. Duração - 90 minutos. Classificação - 14 anos. GRÁTIS. Temporada - de 23 de outubro a 27 de novembro de 2009. Sextas às 21h. Local -CDM Patriarca, Rua Frederico Brotero, nº60 (Metrô Patriarca ZL - entre a escola José Bonifácio e o Posto de Saúde) Informações - (11) 8742-3775 / (11) 8524-8938 / (11) 8262-8479. Capacidade - 30 lugares.

Como chegar:

Metrô Patriarca. Descer rampa sentido Radial. Direita na Av. Cachoeira Paulista. Esquerda na rua Porto da Folha. Direita na Praça Araruva até Av. Patrocinio Paulista. Direita na Rua Tito Novaes. Esquerda na Rua Doutor Frederico Botero que é a rua do CDM.

Referência para carro - Avenida Estevam Carvalho/Metrô Patriarca, depois as referências acima citadas.

AGRADECIMENTOS:
Aos demais integrantes desses coletivos (Dolores, Estável, Nhocuné) e parceiros, Amanda Catarucci, André Luís Henriques, Dirce Ane de Melo Sobrinho, Kauê de Mateo, Ligéa de Mateo, Maria Eunice, Maria Lucia Sarrion, Maria Luiza, Maria Nilce Pereira, Paulo Arcuri e Xandi Gonça.

Contatos:

www.doloresbocaaberta.blogspot.com

www.ciaestavel.com.br

www.territorioestavel.blogspot.com

http://www.myspace.com/nhocune

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

dolores em cartaz - a saga do menino diamante

O Grupo teatral Dolores Boca Aberta Mecatrônica de artes está em cartaz.




Todos os sábados as 22H na Rua Doutor Frederico Brotero,60 prox ao metro patriarca.

Zona Leste de São Paulo.

Grátis

de 28/08 até 14/11 de 2009
Espetáculo/Festa A saga do menino Diamante, uma ópera periférica.
Duração de 6 ahoras de espetáculo.
Em caso de chuva nao haverá espetáculo
Vir agasalhado e com roupas confortáveis



"Nosso espetáculo tem a pretensiosa vontade de narrar a saga da aventura humana. Para contar esta história, utilizamos três prismas diferentes e simultaneamente unos, a saber: 1) o desenvolvimento do ser humano como ser social em sua saga histórica;2) a construção da cidade como fruto e estímulo da ação do ser social; 3) a formação da consciência do indivíduo como apreensão particular do ser social; Junto disso cabe a reflexão sobre a construção do herói e as grupalizações humanas que criam a figura do líder. O primeiro ato que traz consigo um apêndice, um prólogo alerta aos viajantes, versa sobre o movimento do ser social construtor de história, da cidade, do capital. Esse movimento passa pelo deslocamento/migração, aglomeração no espaço urbano, industrialização (automotiva, construção civil) e favelização. No seio desse deslocamento opera a ideologia que tenta pinçar a idéia de herói na figura dos escolhidos que são exemplo da funcionalidade do sistema. Um sistema hierárquico onde a perseverança, a resignação, a força de vontade, a competência individual, a competitividade, a rejeição do erro dentre tantas outras idéias são postas como características naturais e quando não como ideais de busca individual. Apresentar esse sistema é uma das tarefas da encenação do primeiro ato, apresentar as estruturas da construção da cidade é outra.Esta é a apresentação do intenso movimento de inúmeros personagens reprodutores da vida e que na somatória de suas experiências alienadas, sem se darem conta, constroem a cidade, a sociedade e a história.O segundo ato divide o público em dois grupos. A cisão dá-se de forma brusca. Num lado, o refugo humano vítima do despejo de uma favela; noutro, o seleto grupo de possíveis compradores de apartamentos de luxo em região nobre da cidade.Os despejados ficarão em céu aberto e os privilegiados no conforto das poltronas dentro da sala de apresentações. Nestes contextos aprofundamos as contradições da sociedade espetacularizada, em meio a luta de classes, em duas abordagens: 1) As grupalizações que reproduzem o ideário dominante sem a clara percepção de que o fazem.2) O asfixiante universo do indivíduo atomizado e consumidor das benesses e fetiches capitalistas. A trajetória humana apresentada aparentemente redunda num circuito fechado onde não há espaço para a transformação da vida social. O ciclo perfeito se rompe justo pela imperfeição e a novidade das relações sociais que reproduzem um modo/sistema, mas carregam consigo a imperfeição e a impossibilidade da exata repetição dos eventos. Entendemos imperfeição ou erro ou falta como virtude capaz de por em cheque todo e qualquer sistema que busca a perfeição na reprodução de sua própria existência.Soma-se a este esquema a tentativa de grupos humanos de analisar a realidade social e projetar caminhos para a transformação da realidade. A festa, ou terceiro ato, traz a possibilidade de quebra de alguns padrões e em posse de parcial liberdade, pois, mesmo aí a determinação social opera, experimentamos a bruma de um porvir, o projeto de sociedade descolado das cercas da ideologia dominante. A mesma festa é apresentada como o mergulho coletivo nas entranhas da sociedade do espetáculo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

filme + debate - à margem da imagem, com evaldo mocarzel

Cia. Estável de Teatro exibe e debate o filme “A margem da Imagem” com Evaldo Mocarzel


À Margem da Imagem
Ano de lançamento ( Brasil ) : 2003
Direção:
Evaldo Mocarzel
Atores: Moradores de rua
Gênero:Documentário
Duração: 01 hs 12 min

Sinopse:
Documentário sobre as rotinas de sobrevivência, o estilo de vida e a cultura dos moradores de rua de São Paulo, abordando temas como exclusão social, desemprego, alcoolismo, loucura, religiosidade e, como sugere o próprio título, o roubo da imagem dessas comunidades, promovendo assim uma discussão ética dos processos de estetização da miséria.

Evaldo Mocarzel
Documentarista nascido em Niterói em 1960, formou-se em jornalismo e cinema pela Universidade Federal Fluminense. Em 1999, dirigiu seu primeiro curta, Retratos no parque. Participou, na década de 1980, de cursos com profissionais do meio, ente os quais Doc Comparato, José Louzeiro, Joaquim Pedro de Andrade e Domingos Oliveira. Em 2001, realizou o curta À margem da imagem, que dois anos depois viria a ganhar uma versão em longa-metragem. O curta e o longa arrecadaram 19 prêmios dentro e fora do país, entre eles duas menções honrosas no Festival de Oberhausen (o curta), e melhor documentário no Festival de Gramado (o longa). Em 2004, dirigiu o longa Mensageiras da luz – Parteiras da Amazônia, sobre um grupo de parteiras do estado do Amapá, que ganhou prêmios nos festivas de Belém (filme e direção), Recife (especial do júri), Bahia (especial do júri), entre outros. Este projeto também teve duas versões: uma com 15 minutos e outra com 72, exatamente como aconteceu com À Margem da Imagem. Em 2005, fezDo luto à luta, sobre pessoas com Síndrome de Down, filme que estreou no 10º É Tudo Verdade e ganhou prêmios nos festivais de Recife (melhor documentário, filme, diretor, montagem, fotografia, prêmio da crítica e prêmio do público), Belém (melhor diretor e montagem), Gramado (prêmio do júri) e Rio (melhor filme pelo Júri popular). No mesmo ano, lançou o longa À margem do concreto, sobre os sem-teto e os movimentos de moradia na cidade de São Paulo, no Festival de Brasília, onde ganhou os prêmios de melhor filme pelo júri popular, melhor som e o prêmio especial do júri. O filme é a segunda parte de uma tetralogia de longas documentais sobre estratégias de sobrevivência à margem da Grande São Paulo iniciada em À margem da imagem. Em 2006, apresentou na seleção oficial do Festival de Brasília o documentário Jardim Ângela, sobre o bairro paulista que registra altos índices de violência. Em 2007, lançou no Festival do Rio Brigada pára-quedista, que acompanha a vida dos militares desta tropa e a visão que eles tem do próprio cinema. Em 2008, À margem do lixo, terceira parte de sua tetralogia, levou o prêmio especial do júri e prêmio do júri popular do 41º. Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Seus próximos projetos, sempre em tecnologia digital, são os documentários Cinema dos meus olhos, sobre a mostra de cinema de São Paulo, BR-3, filmagem da peça de teatro homônima, e Cineastas de Periferia, onde registra a visão de jovens diretores egressos de oficinas de cinema.

Exibição seguida de debate com o realizador Evaldo Mocarzel.

Dia 21 de outubro às 20h (Quarta-feira)

Na lona de circo do Arsenal da Esperança.
Rua Dr. Almeida Lima, 900 – Brás (Próximo à estação Bresser-Mooca do Metrô, entre o Museu da Imigração e a Universidade Anhembi-Morumbi).
Informações - (11) 8121 2070 / (11) 8708-9563.


Entrada: 1 kg de alimento não perecível.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

tuov na estável


A Lenda de Sepé Tiaraju

A encenação mostra a história da luta de resistência dos índios Guarani liderados pelo cacique Sepé Tiaraju nos 7 Povos das Missões contra a dominação luso-espanhola.

Duração: 60min
Recomendação etária: 14 anos

Com o Teatro União e Olho Vivo
Dia 25 de outrubro às 18h
Entrada: 1kg de alimento não perecível

mst exibe e debate "zona crítica" na estável

Dentro do projeto SobrePosições, a Cia. Estável apresenta Zona Crítica, seguido de debate com seus realizadores, militantes do MST.

O vídeo foi elaborado por João Campos, Nina Fideles e W.Jesus, a partir do curso de Teorias Sociais e produção do Conhecimento realizado em parceria entre a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para realizar este trabalho, que teve como objeto o mundo urbano, os autores do filme optaram por levantar questões entre o grupo e testar maneiras de socializar-las, num processo de reflexão sobre a forma de produção e socializão do conhecimento que são imposto pelas instituições acadêmicas. Os integrantes participaram igualmente do processo, sem que fosse necessária a coordenação geral de um dos participantes ou a divisão entre quem pensa e quem faz.

Todo processo envolveu reuniões de leitura e estudo coletivo, leituras individuais, pesquisas de filmes e vídeos, captação de imagens na cidade de São Paulo, elaboração de entrevistas, realização de entrevistas como espaço de aprofundamento de questões, elaboração do roteiro, montagem e edição do ví deo.

O resultado final, segundo os autores, oferece uma plataforma para iniciar de fato os estudos. Alçar voos mais altos em termos de pesquisa e objeto é a meta. Mas sempre buscando permanentemente formas diversificadas para socialização de debates e construção coletiva de conhecimento.

O filme já foi exibido em vários cursos de formação do MST, como em Ribeirão Preto no curso de Agroecologia e no curso de Comunicação e Cultura na Escola Nacional Florestan Fernandes.


Filme: Zona Crítica
Gênero: Documentário
Tempo de duração: 47 min
Produção: Proletas da Quebrada
Classificação: Livre

Exibição seguida de debate com os realizadores
No Arsenal da Esperança
Dia 19 de outubro às 20h
Na lona de circo.


E NO DIA 21 EVALDO MOCARZEL EXIBE E DEBATE UM DE SEUS DOCUMENTÁRIOS. EM BREVE MAIS INFORMAÇÕES.

apoio ao s.o.s. flávio império - cia. estável

MOÇÃO DE APOIO DA CIA. ESTÁVEL DE TEATRO AO ATO S.O.S. FLÁVIO IMPÉRIO

Nós da Cia. Estável de Teatro apoiamos o ato organizado por integrantes do projeto Vocacional de Dança e Teatro e do movimento de artistas locais para a continuação de um processo de reforma do Teatro Flávio Império que já dura, praticamente, longos 5 anos. Entendemos que a não reforma do teatro deve-se a uma questão meramente de vontade política e por isso a reivindicamos, assim como exigimos a reabertura urgente do espaço. Entendemos também que essas reivindicações são legítimas e de interesse de todo cidadão, ou coisa que o valha, pois desde 2005 as solicitações por esta reforma vêm sendo ignoradas pelo poder público.
É de responsabilidade de toda e qualquer administração garantir que o cidadão tenha acesso à cultura e que os trabalhadores da arte possam desenvolver seus trabalhos de forma livre e independente no espaço que pertence à comunidade.
Recentemente foi publicado pelo jornal Folha de São Paulo que a Prefeitura de São Paulo já gastou mais em propaganda neste ano do que o valor que cortou dos serviços de varrição de ruas e retirada de entulhos. Cortou 20% desses gastos, num total de R$ 58,4 milhões reduzidos na despesa com os serviços. Pretende gastar R$ 78,8 milhões com publicidade até o fim do ano, 134% mais do que o valor previsto no Orçamento para 2009 e 98,5% acima do gasto do ano passado, quando o prefeito foi reeleito. No próximo ano irá gastar três vezes mais em publicidade do que com educação.
Diante de tais números podemos entender a linha de raciocínio e prioridades da nossa atual administração. E daí fica a pergunta: Até quando a Periferia ficará Invisível aos olhos destes que são eleitos “representantes” de um povo?
Nossa participação nesta ação é um ato simbólico contra a falta de atenção a este importante bem público que está há anos sem reforma e nenhuma justificativa à comunidade, ferindo assim os princípios de uma possível democracia.
Aqui fica uma solicitação: Que venham frentes autônomas em prol da revolução cultural permanente e encenem a vida nos Cortejos Livres de toda a Leste.
Vamos avante. Por um teatro num lugar maldito. Mal Dito. Mau mau Dito.
Viva a luta em prol do Teatro Flávio Império!
Viva a luta contra a mercantilização da cultura!
Todo apoio ao S.O.S. Flávio Império!

11 de outubro de 2009

Cia. Estável de Teatro
http://www.territorioestavel.blogspot.com/

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

sapatos brancos - espetáculo de dança no arsenal

Espetáculo de dança contemporânea “Sapatos Brancos”

Núcleo artístico Luís Ferron

Cia. Estável de Teatro e Arsenal da Esperança recebem novamente o espetáculo de dança contemporânea Sapatos Brancos, dirigido por Luis Ferron, até domingo.

A apresentação, contemplada com o VI edital de Fomento à Dança, investiga as tradições do carnaval paulistano.

São retratadas as escolas de samba e, especialmente, o ritual presente na dança do Mestre Sala e da Porta Bandeira, explorando a riqueza do ritual e do gestual que compõem a dança dessas figuras centrais do carnaval.

Sapatos Brancos – Dias 10 (sábado) e 11 (domingo) de outubro às 20h.

Arsenal da Esperança

Rua Dr. Almeida Lima, 900 – Brás.

(Próximo à estação Bresser-Mooca do Metrô, entre o Museu da Imigração e a Universidade Anhembi-Morumbi).

Informações - (11) 8121 2070 / (11) 8708-9563.

Entrada: 1 kg de alimento não perecível.

Em caso de chuva forte não haverá espetáculo.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

s.o.s. flávio império


Manifesto Por Um Teatro Num Lugar Maldito

Teatro em Cangaíba. Mas Cangaíba fica em São Paulo? E lá tem teatro?
Fica em São Paulo e tem teatro municipal (Uau)
Porém fora do circuito da capital (Mal)
Cangaíba que do tupi guarani significa terra maldita
Lugar que não dá nada, segundo os índios, quando sementes eram plantadas
Órgão cultural do nosso sub-distrito
Leva nome de um dos principais cenógrafos que o teatro já tenha visto
Inaugurado pela migrante do sertão da Paraíba
Mas homenageá-lo em Cangaíba? Um lugar longínquo de mais
Não precisa pedir desculpa, esse lugar tem tudo haver com seus ideais
Interditado por quem Ama São Paulo que não é arquiteto é engenheiro
E que soube bem investir o nosso dinheiro. $uiçeiro!
Deixou tudo pronto para o seu sucessor que continou com tudo que o turco apitou
Pra reabrir foi preciso uma nova Estrela bilhar na cidade
Será que só as mulheres têm sensibilidade?
Era Arte contra e agora é pela barbárie
Atores em cooperação pela ocupação estável teatral
A Cia. residiu interfiriu na comunidade local
Os amigos da multidão celebram a vida e saem no jornal
A dramaturgia é do saudoso Reinaldo Maia do Folias
A Zhaneta no ensaio grita e berra
Mas o que incomoda o poder vem e Serra.
E com a serra reparte deixa em parte dividido
Melhor pra ser controlado e dirigido
Pobre e rico ninguem sabe quem é seu inimigo
Aristocrata acredita ser democrata só pode tá iludido
Entra partido e sai partido continuamos esquecidos
Onde será permitido? No Céu? Não lá dizem que é subdividido
Um deus separou cultura e educação, política e religião
Criando hierarquias e fragmentação
Burocrasia que funciona para os que estão no plano superior
E nós aqui em baixo ainda estamos esperando Godot
A reforma virá, é só esperar! Não senhor
As ruas pedem urgência! Cadê o telefone pra eu ligar?
S.O.S Flávio Império você tem que voltar!
Pois saiba que os Fuzis da senhora Carrar
estão guardados pra hora que precisar
até a Falecida de Nelson vai reencarnar e convocar
os Poetas da Vila e seus amores
Donas de casa, operários e artistas amadores
Pra fazer a OFICINA da antropofagia
Na nossa ARENA que será constituida na sua portaria
Prometeu prepare o fogo e Dionisio a orgia
Proque se isso não for do povo vocês vão ver o que é exercer cidadania
Vão sentir o amargo dos Mais Doces Bábaros de Marias
Gals, Gils e Caetanos. Os coletivos de artes estão ensaiando Tatutopodia
Balaio, Cervantes na Casa da Dita
São muito mais de Fire e você não acredita
São todos Atormentados Vocacionados do Extremos Atos
pintando sua aldeia e cantando Zumbi
E DAÍ a Periferia é Invisível até a hora de explodir
O movimento é pra unir
Frentes autonomas em prol da revolução cultural permanente
Do Brás a Cidade Tiradentes
as Pombas Urbanas pedem paz ao som de Racionais na guerra que parece do Oriente
Anonimamente encenando a vida no Cortejo Livre Leste na avenida
Itinerante. Vamos avante. É o levante! Vem comigo!
Por um teatro num lugar maldito. Mal Dito. Mau mau Dito.

Por: Emerson Alcalde

2º cortejo livre leste


2º Cortejo Livre Leste

Em apoio ao Movimento de Moradia da Várzea do Tietê e Por Justiça no Processo de Desapropriação

Dia 03 de outubro

Concentração às 13h45min, na Estação Itaim Paulista da CPTM

Apresentação do Grupo Buraco d'Oráculo com o espetáculo Ser-Tão-Ser, Narrativas de Outra Margem

O Livre Leste é um movimento de união de grupos de circo, música, dança, performance e teatro da periferia leste paulistana, para intervenções artísticas em espaços públicas. Mais informações em

http://circodobalaio.wordpress.com/

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

território3

Já saiu o número 3 do nosso Fanzine... está por aí. É só procurar ou pedir.

MERDA.

sobreposição1 - brava/estável

BRAVA COMPANHIA / COMPANHIA ESTÁVEL
NOSSO ENCONTRO

Nós da Brava Companhia formamos um grupo de teatro, sediado na zona sul de São Paulo, cuja pesquisa teatral consiste, entre outras coisas, no trabalho do ator (o corpo, o jogo e o improviso) e na relação deste com os espaços onde a pesquisa se desenvolve (hoje, no Sacolão das Artes, ocupação cultural no Parque Santo Antônio) e pelos quais a companhia se apresenta, possibilitando, dessa forma, um canal de diálogo aberto com o público que a acompanha.

Assim como a Brava Companhia outros grupos de teatro também desenvolvem pesquisas teatrais com o intuito de manter viva a relação com o seu público, entre esses está a Companhia Estável, grupo de teatro sediado no Albergue Arsenal da Esperança, zona leste de São Paulo, o qual nos convidou para uma troca de experiências que aconteceu durante seis dias de encontros no seu espaço.

O objetivo dos encontros era aproximar artisticamente os dois grupos, e estes das pessoas que residem no Arsenal da Esperança. Para tanto, nós da Brava Companhia fizemos um cronograma de trabalho dentro do qual disponibilizamos, por meio de provocações musicais, corporais e cênicas, um pouco da nossa investigação relacionada ao trabalho do ator, e da pesquisa específica para a montagem do nosso próximo espetáculo, cujo tema é Imagens que nos Cercam, Imagens que nos Cegam.

No decorrer dos encontros os grupos discutiram questões relacionadas especificamente ao teatro e outras acerca do tema e de como ele se inseria naquele local e no mundo como um todo. Isso rendeu à Brava Companhia mais conteúdo para reflexão, que, direta ou indiretamente, estará presente no nosso próximo espetáculo: O Errante. Além disso, montamos algumas cenas, que foram aproveitadas na apresentação do resultado dessa vivência, e outras que ficaram registradas em vídeo e fotos.

Um dos fatores importantes dessa experiência foi a exploração do espaço do Albergue. Começamos os nossos trabalhos em uma sala, mas depois eles se expandiram por corredores e escadas do Arsenal, além do pátio externo e da quadra. Esse fato abriu as portas para um caminho de diálogo entre todos: nós da Brava Companhia, a Companhia Estável e os internos do Albergue. Exemplo concreto disso era a reação daqueles que nos assistiam: alguns participavam, outros estranhavam, houve até um que, em um momento de preparação de um exercício, chamou o Fábio, integrante da Brava Companhia, e começou contar-lhe uma história que deixou o ator impressionado. De alguma forma, todos os internos do Albergue que acompanharam os exercícios ou assistiram ao fechamento desse período de encontros mantiveram uma relação com a intervenção dos grupos naquele espaço.

No último dia de encontro, estávamos recheados de sensações colhidas pelo caminho por nós percorrido durante essas duas semanas. Muita gente assistiu ao exercício final, fruto de tudo o que foi plantado nos encontros. No final da pequena apresentação, nos dispusemos em uma roda para conversarmos, da qual faziam parte alguns internos cujas impressões foram divididas conosco, o que foi uma experiência e tanto para todos nós.

Enfim, essa vivência de seis dias no Arsenal da Esperança foi de suma importância para a Brava Companhia e para cada um dos seus integrantes, tanto no campo profissional quanto pessoal, pois esses dias nos legaram muito material com o qual podemos trabalhar e, agora, também, muitas inquietações. Pudemos, nesse espaço de tempo, aprender muito uns com os outros. Nós da Brava Companhia, por exemplo, aprendemos e aumentamos nosso vocabulário: Já sabemos o que significa “boca de rango”.

Nossos agradecimentos à Companhia Estável pelo convite e a todos os internos do Arsenal da Esperança que acompanharam as nossas intervenções naquele espaço.

Maxwell Raimundo
Brava Companhia



SOBRE A SOBREPOSIÇÃO

Quando estávamos em fase de formulação do projeto Sobreposições pensamos em materializar um desejo antigo que consistia na proposição de uma troca de experiência estética com outros coletivos teatrais.

Parceira em várias frentes, marchas, ocupações e discussões políticas que muito nos dizem respeito, a Brava Companhia foi um dos grupos convidados por nós nesta tentativa de nos entendermos enquanto artistas que pretendem interferir de forma mais responsável e contundente na sociedade da qual fazem parte.

Convite aceito, programamos, conjuntamente, seis encontros repletos de questionamentos e procedimentos objetivando, assim, estreitar nossos laços enquanto grupos parceiros e pensadores de arte.

A primeira coisa que deve ser louvada é a dedicação e entrega com a qual os integrantes da Brava conduziram o processo. Processo, este, nada fácil se pensarmos no pouco tempo de duração dos encontros e na ousadia da proposta. Pretendíamos, ainda, que esses treinos resultassem em uma intervenção cênica para ser apresentada para os moradores do Arsenal.

Em recente avaliação sobre os encontros, decidimos que dois pontos principais mereciam ser discutidos: o compartilhamento de técnicas teatrais entre os dois grupos e o resultado cênico apresentado.

Quanto ao primeiro, percebemos que, ao contrário dos bravos (inveja boa), nos falta um certo rigor no que diz respeito a um treinamento constante e objetivo em nossas práticas diárias.

Entretanto, aprofundando um pouco mais a discussão, fomos entendendo que a necessidade urgente de uma base teórica mais aprimorada, além, de uma pequena tendência ao “deixar rolar”, foi o que nos afastou, temporariamente, do saudável treino cotidiano.

Pensando nisso e no futuro, duas questões importantes nos lançam o seguinte desafio: como unir estudos práticos e teóricos sem perder a unidade que deve caracterizar um grupo de teatro? Como fazer um treinamento que respeite as características, interesses e limitações de cada corpo, sem cairmos na tentação de formalizar um jeito “ideal” para colocar-se em jogo?

Nossos parceiros atores, certamente, nos trouxeram mais uma possibilidade técnica para o nosso dia-a-dia. E, se toda técnica teatral pode servir para solucionar problemas de cena e comunicação, a ampliação do repertório de jogos e a diversificação dos treinos devem fazer parte da busca por uma unidade e aprimoramento artístico dos grupos.

Com relação ao segundo ponto da discussão, nossa avaliação passou por momentos mais delicados.

A partir de estímulos propostos pelos bravos, elaboramos algumas pequenas cenas improvisadas motivadas pelo tema que se aproximava da espetacularização da vida. Tema, este, que faz parte do próximo espetáculo da Brava Companhia.

Isoladamente, as cenas trouxeram elementos interessantes. No entanto, quando foi proposta uma “costura”entre as cenas, o conteúdo perdeu-se nas idéias.

Por tratar-se de uma experimentação cênica, isto não seria um grande problema. Mas, como o objetivo final era promover uma interferência junto aos moradores do arsenal percebemos que teríamos que ter debatido mais sobre o que realmente pretendemos com essas intervenções.

Muitas questões precisam e merecem ser debatidas e evidenciadas com experimentos estéticos. No arsenal, quais são elas? O que realmente queremos propor aos nossos mil cento e cinquenta interlocutores?

Muitas perguntas e uma ânsia de respostas permeiam agora, após esta primeira e contundente troca de experiências, nosso corpo e consciência.

No mais, viva a experiência. Merda, sempre, para todos nós!


Daniela Giampietro
Companhia Estável de Teatro

moção de apoio - elt em alerta


MOÇÃO DE APOIO

Nós da Cia. Estável de Teatro apoiamos o MOVIMENTO ELT EM ALERTA! de trabalhadores da cultura, pois entendemos que suas reivindicações são legítimas e de interesse de todo o povo brasileiro, pois lutam em prol da preservação do projeto artístico-pedagógico original da Escola Livre de Teatro em Santo André e contra os privilégios criados pela privatização da cultura.

Nossa participação na ocupação artística é um ato simbólico contra a atitude descabida da demissão, sem justificativas, do coordenador Edgar Castro, eleito democraticamente pelo coletivo de mestres e professores, ferindo assim as normas que regem o projeto artístico-pedagógico original.

Todo apoio à ocupação da ELT!

22 de setembro de 2009

Cia. Estável de Teatro
http://www.territorioestavel.blogspot.com/


PARA SABER MAIS SOBRE O MOVIMENTO ELT EM ALERTA ACESSE:

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

o auto do circo - 2009




Temporada 2009!!!

De 19/09 a 04/10 no Arsenal.
Sábados e domingos,às 19h.

Em caso de chuva não haverá espetáculo.

Mais informações no serviço aí ao lado!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

quatro grupos aliados e o mst

Os quatro grupos que assinam esta carta têm se encontrado regularmente para refletir a respeito do teatro que fazem e construir ações políticas e estéticas. A marcha do MST foi a primeira ação. Outras ações virão.


Aliados na luta pela emancipação da classe trabalhadora

Nós – Brava Companhia, Cia. Estável de Teatro, Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes e Engenho Teatral – somos coletivos teatrais afastados do tradicional centro de circulação, dialogamos com a periferia e ou residimos nela. Nosso público é a classe trabalhadora.

Defendemos que os meios de produção teatrais devem estar sob o controle dos trabalhadores artistas realizadores das obras, organizados em grupos, em coletivos, sem a presença de patrões.

Essas opções se prendem às nossas origens e aos estudos que nos revelam o funcionamento do capitalismo como um sistema de acumulação privada das riquezas do mundo nas mãos de poucos, o que gera miséria para a maioria, os trabalhadores, incluindo a nós, trabalhadores artistas. É para lutar contra isso que assumimos o controle da nossa produção, da nossa criação teatral e tentamos gerar pensamento, cultura e arte contra o pensamento, a cultura e a arte dominantes que alimentam a manutenção desse estado de coisas.

Mas essa não é uma tarefa que podemos realizar isolados. E ela coloca em risco nossa própria sobrevivência como coletivos: nossos inimigos são poderosos e nossa luta não pode se limitar à disputa ideológica, cultural, artística.

Com a crise generalizada do capital, todos os trabalhadores pagam a conta da concentração das riquezas. Os fundos públicos são raspados para salvar corporações falidas que embolsam os recursos devidos não só à reforma agrária ou urbana, à educação e à saúde, mas também à cultura. Apesar da falência, a cultura dominante insiste no discurso de que não há saída sem o agronegócio, as multinacionais, os bancos, a indústria cultural, os donos do mundo. Mas somos nós que dependemos deles para viver ou eles que dependem de nós para forrar seus cofres?

Por aí marchamos, junto aos nossos pares, contra a negação das gentes, rumo ao socialismo.

SP/agosto/2009
Brava Companhia - Cia. Estável de Teatro,
Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes - Engenho Teatral












segunda-feira, 3 de agosto de 2009

os três porquinhos - oficina de produção de texto


Era uma vez, três porquinhos que eram irmãos. O primeiro morava em uma casa de palha, o segundo em um chalé de madeira e o terceiro, além de morar em uma mansão de tijolos aparentes, era dono da grande fábrica de bacon da cidade. Ao lado da fábrica havia um córrego onde era despejado seu esgoto, e na margem deste córrego morava um lobo.
Uma bela manhã, na frente da fábrica houve um tumulto de repórteres e operários, todos querendo ouvir o que o porquinho da casa de palha, que de cima de um carro de som protestava:
- Caros companheiros, vocês não vêem o absurdo a que estamos expostos? Essa fábrica explora nosso trabalho até nos consumir como matéria prima. Vivemos em uma terrível e constante forma de canibalismo, mascarada pelo processo de industrialização que nos tira a forma que temos em vida, e nos coloca dentro de caixas, como produto nas prateleiras dos supermercados...
Nesse momento os cães policiais dispensaram a manifestação e da janela do escritório, observando o tumulto com olhar de reprovação estava o porquinho do chalé de madeira:
-Esse meu irmão é um vagabundo, a vergonha da família, querendo destruir a própria família! Trabalhando, como eu fiz, sairia logo da linha de produção e estaria em um cargo melhor. É preciso ter obstinação e foco. Em vez de ler aqueles livros cheios de utopias, poderia ter dedicado um pouco de tempo a encontrar o caminho do sucesso!
Na confortável mansão de tijolos o silêncio é quebrado por um grito:
-Porco maldito! Quer me difamar, até uma oportunidade a esse animal eu concedi e agora me apunhala pelas costas! E aquele outro que não faz nada? Deve estar nisso também, estão esperando a hora certa de me passar a perna!
Então, o rico leitão sai correndo em direção de sua fábrica, contudo, quando estava deixando sua propriedade foi surpreendido por um lobo faminto que estava prestes a lhe transformar em uma refeição. O porco, em um ato de sangue frio, que convêm a todo bom porco de negócios, viu naquela adversidade uma oportunidade e tentou argumentar com seu predador:
- Espera, antes de fazer qualquer coisa eu tenho uma proposta para você. Sou dono da Porcos Sorridentes Alimentícios e tenho um plano que pode ser conveniente para nós dois, podemos ser parceiros. Se você me comer só matará momentaneamente sua fome, e amanhã?
O lobo pára sua investida e começa a prestar atenção no que o suíno dizia e responde:
- Resolvi aceitar esse papel que está empurrando para as minhas mão se nos tornarmos realmente iguais, “parceiros”, estou com saco cheio de seguir regras que são só funcionais e boas para vocês porcos e porcas, quero ter o poder de vocês, o luxo, a força que vocês têm para dominar minha espécie, excluí-la e classificá-la. Eu quero estar no topo saciar minha fome, minha ganância, meu ego, quero o melhor que o mundo tem para oferecer.
Um aperto de patas sela o acordo.
Em uma manhã qualquer comendo bacon com ovos no café da manhã o porquinho vê na primeira página do jornal a manchete misteriosa: Serial killer mata mais um líder sindical.

Texto escrito por Luciano Augusto Buniak, Marly Moura Gonçalves e Naira Puzzi Goulart de Souza, participantes da oficina de produção de texto.

sábado, 1 de agosto de 2009

homem cavalo no engenho

Cia Estável na Mostra de Teatro do Engenho Teatral.
dias 8 e 9 de agosto, 19h, grátis
ao lado da Estação Carrão do Metro.

Confira a programação completa
http://engenhoteatral.wordpress.com/mostra/
Quer saber mais sobre a mostra? acesse:

quarta-feira, 29 de julho de 2009

viva, malasartes! no arsenal

CIA ESTÁVEL DE TEATRO RECEBE O NÚCLEO PAVANELLI DE TEATRO DE RUA E CIRCO


Histórias de um povo de algum lugar

“Inspirado no tema do herói popular e dos rituais, baseado no mito Pedro Malasartes, “Viva Malasartes! é um espetáculo para ser apresentado na rua, a partir das reflexões do acadêmico e homem de teatro Rubens Brito, falecido em março de 2008, sobre o teatro popular e o teatro quântico”.


São duas histórias, dependentes uma da outra e que acontecem, paralelamente, em dois planos: um mundo mítico, ritualístico, e o cotidiano. No mundo mítico a história de Pedro Malasartes, senhor da esperteza e da astúcia, que é enredado por um Palhaço do sarcasmo, um emissário dos senhores do mundo. Malasartes aceita como presente um passe mágico com o qual pode adquirir tudo e realizar todos os desejos, mas seduzido pelos prazeres da posse e do consumo vai sendo destruído. No mundo cotidiano, o povo, o criador de Malasartes, enfrenta tempos difíceis. Com histórias curtas, inspiradas em alguns personagens que fazem parte do imaginário popular – o otário, o malandro e o renunciador – são mostradas as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia com as mazelas sociais.

FICHA TÉCNICA

Coordenação geral de projeto: Marcos Pavanelli e Simone Brites Pavanelli
Coordenação de pesquisa e direção do espetáculo: Calixto de Inhamuns
Texto colaborativo e coletivo coordenado por Calixto de Inhamuns
Criadores e redatores finais dos textos do mundo cotidiano: Cibele Mateus, Nadia Milano, Nicolas Monastério, Mariana Trench, Renato Dias e Simone Brites Pavanelli
Elenco: Alessandro Gogliano, Anderson Areias, Andrea Ravanelli, Dany Ivan Choque Saire, Francisco Gaspar, Harley Nóbrega, Kelly Laser, Lena Silva, Lucas Branco, Luiza Albuquerques, Marcos Pavanelli e Mizael Alves.
Direção musical: Charles Razsl
Músicas de Calixto de Inhamuns, Charles Raszl e Margareth Darezzo
Percussão e rítmo: Alexandre Caetano
Técnico de som: Rafael Urge
Concepção de movimento: Ricardo Iazzeta
Técnicas circense: Marcos Pavanelli e Harley Nóbrega
Danças Brasileiras: Grácia Navarro
Figuninos e adereços: Cia Bonecos Urbanos : Rubens Louzada,
Malu Borges, Cristiane Santos e Paulo Dantas
Consultoria em Maracatu Rural : Carol Nóbrega
Editor: Douglas Salgado
Registro Áudio- visual: Fernando Mastrocolla
Arte gráfica: Maurício Santana
Motorista: Wilson
Assistentes de Produção: Harley Nóbrega e Kelly Laser
Produção executiva: Simone Brites Pavanelli
Produtor: Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo

DIAS 02 E 09 DE AGOSTO (DOMINGOS) ÀS 16H.
ENTRADA: 1KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL.
Em caso de chuva não haverá espetáculo.

Arsenal da Esperança
Rua Dr. Almeida Lima, 900 – Brás
(Próximo à estação Bresser-Mooca do Metrô)
(Entre a Universidade Anhembi-Morumbi e o Museu da Imigração).
Informações - (11) 8121-0870 e (011) 8708-9563.