quinta-feira, 29 de maio de 2014

apresentação cancelada

Atenção! A apresentação da Exceção e a Regra de sexta em Osasco foi cancelada por motivos de saúde.

Mensagem da Cia Teatro dos Ventos:

A Cia Teatro dos Ventos, realizadora da Mostra Cena Vermelha de Teatro de Rua, lamenta informar que a montagem de A Exceção e a Regra, realizada pel@s querid@s camaradas da Cia Estável de Teatro e que seria apresentada amanhã, dia 30 de maio, às 16 horas, acaba de ser cancelada. Lamentavelmente, por motivo de saúde, Cia Estável de Teatro não poderá participar de nossa Mostra neste momento.
Nós, organizadores e realizadores da Mostra Cena Vermelha, nos solidarizamos com o momento, nos colocamos a disposição da Estável para qualquer ajuda ou colaboração que estiver ao nosso alcance e desejamos pronta recuperação aos camaradas.
Ao público, lamentamos o transtorno e convidamos a tod@s para estarem conosco novamente no dia 07 de junho, com o espetáculo do grupo Rocokoz e o nosso debate de rua A Arte Pública e o Direito à Cidade.
Cia Teatro dos Ventos

segunda-feira, 26 de maio de 2014

exceção em osasco

Sexta-feira tem Exceção em Osasco, participando da Mostra de Teatro Cena Vermelha, organizada pelos queridos parceiros da Cia. Teatro dos Ventos.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

apresentação da exceção

Sexta-feira tem apresentação gratuita da Exceção e a Regra, na nossa sede Arsenal da Esperança. A ação integra o projeto "50 Pontos de Paz".

domingo, 18 de maio de 2014

retorno do laboratório

Olha só! Domingo retornam os encontros do Laboratório de Intervenção. São só mais quatro nesse projeto. Gratuito.

domingo, 4 de maio de 2014

Casa Limpa

“É que nem na peça de vocês, né? Se eu não aceitar, alguém aceita.”

Fala do Gilson, motorista que nos acompanhou nas atividades do projeto no Mato Grosso do Sul, ao revelar que ganhava apenas 60 reais pela diária do seu serviço, terceirizado. 

E assim foi nossa viagem, permeada por contradições. Começou sendo custeada por dinheiro público, através do prêmio Myriam Muniz, da Fundação Nacional de Artes. As apresentações, aprovadas portanto pelo órgão responsável, foram em mais de uma ocasião interceptadas e nosso uso do espaço público, questionado. 

Ao nos deslocarmos para Dourados, primeira parada para apresentações, já sentimos o peso da cidade em que mais se mata indígenas no país. Quilômetros e quilômetros infindáveis de plantação de milho e de soja pelo caminho. As marcas da gigantesca Indústria dos Transgênicos e Agrotóxicos S.A. (Cargill, Monsanto...) estampadas por todos os lados, até mesmo, vejam só, em iniciativas culturais. 

De repente, o comerciante que pede escolta policial na cena ganha uma outra camada naquele lugar em que a lei se faz pela bala. Lei de poucos e para poucos, afinal, quem precisa de justiça “tem que ser rico, ser dono e ter tempo pra esbanjar”.

Logo na primeira apresentação, no Parque dos Ipês, surgem as figuras policiais para fiscalizar a atividade, a princípio bastante incomodados com a nossa presença ali. Pouco tempo depois resolvem contribuir com a encenação dando um enquadro no morador de rua que atrapalhava a reunião pacífica dos espectadores de bem. 

A escolta policial pedida em cena apareceu novamente em Campo Grande, quando nos preparávamos para fazer uma apresentação na feira noturna de Cabreúva. Já no espaço, auxiliados pelos incríveis parceiros e parceiras do Teatro Imaginário Maracangalha (que fizeram inclusive tarefas que seriam de responsabilidade da prefeitura, como a limpeza e manutenção do lugar), somos surpreendidos por um conflito que se inicia bem ao nosso lado. 

Acontece que o prefeito da cidade fora cassado e em seu lugar assumiu um pastor evangélico, um dos fundadores da Igreja Assembléia de Deus Nova Aliança. Desde então, os cultos evangélicos tem ganhado força na cidade e eis que ali na feira se encontravam duas mulheres que reclamavam o uso do nosso espaço de apresentação para realizar mais um deles. Prontamente, foi explicado que a atividade teatral já havia sido marcada com o órgão responsável e que naquele dia especificamente o culto não se realizaria. 

A discussão, entretanto, já havia nesse momento engrossado e a presença dos guardas municipais sido reforçada. É nesse instante que os artesãos que vendiam seus produtos ali ao lado da feira aderem à conversa, já que, aproveitando o ensejo, os guardas haviam acabado de pedir que se retirassem dali, pois não possuíam alvará. 

Novamente, o espaço público é negado aos trabalhadores. Novamente, atitudes arbitrárias são tomadas em prol dos interesses de poucos. Até que a medição de forças indicou que os guardas armados ali ao lado não estavam sendo suficientes para oprimir todos os artistas/artesãos/trabalhadores e passantes que se ajuntaram no momento, com muitos argumentos e número ainda maior de câmeras nas mãos.

Foi sem sombra de dúvidas um evento exemplar do que acontece todos os dias por esse mundão afora, quando somos enxotados do espaço público. De volta a São Paulo, logo nos deparamos com a difícil conjuntura. Mais um decreto limitando o uso do espaço da rua sendo enfiado goela abaixo dos trabalhadores. Afetando coletivos de teatro, músicos, estatuístas, artesãos, não apenas impedindo-os de trabalharem, mas ferindo o direito de todos de fazer do espaço público um espaço de troca e de reflexão. O que resta é que por esse espaço circulem apenas mercadorias, gente espremida pelo deslocamento diário casa-trabalho e os gringos que virão para a Copa do Mundo. 

O decreto nº 54.948 que regulamenta a lei 15.776, um dos tantos que já existem e que estão ainda por vir, devia ser chamado de Decreto Casa Limpa. Estamos sendo varridos pra escanteio. E acima queimando o sol.

sábado, 3 de maio de 2014

Agradecimentos 1º de Maio

Caros companheir@s,

a Cia. Estável de Teatro, o Coletivo da Albertina e a Cia. Estudo de Cena agradecem mais uma vez a parceria, o carinho e a participação na II Celebração Teatral 1º de Maio. Estar junto e ver tantos parceiros engajados em seus trabalhos com certeza nos renova e nos faz celebrar nosso dia com especial alegria. Que novas e importantes trocas como essa se realizem mais vezes! Obrigado por fazerem esse dia acontecer!
Abraços!
Cia Estável de Teatro, Coletivo da Albertina, Companhia Estudo de Cena, Cia Antropofágica, Noisna Mala, Cena Livre, Cia Teatro Documentário, Buraco, Núcleo de Estudos Cynematográficos, Núcleo Pavanelli, Coletivo Cinefusão, Grupo Teatral Parlendas, Engenho Teatral, Adriano Antonio, Hayanne Oliveira e todos que vieram participar desse dia com a gente!


 
 



 


  


  

quinta-feira, 1 de maio de 2014

mostra no brasil de fato

Hoje saiu uma matéria no jornal Brasil de Fato sobre a II Celebração Teatral 1º de Maio. Confiram!

Celebração 1º de Maio apresenta trabalhos teatrais sobre o mundo do trabalho

Evento reunirá onze coletivos artísticos no Arsenal da Esperança, em São Paulo

30/04/2014

Por Eduardo Campos Lima

De São Paulo (SP)

Ocorre neste 1º de maio, no Arsenal da Esperança, em São Paulo, a II Celebração Teatral 1º de Maio, organizada pelos grupos Cia. Estável, Cia. Estudo de Cena e Coletivo da Albertina.

O evento, realizado pela primeira vez em 2013, reúne onze coletivos artísticos paulistanos, que apresentam peças, canções ou cenas relacionadas ao mundo do trabalho. “A ideia é que façamos algo para que essa data recobre sua potência crítica e não se torne só mais um feriado festivo, como se caracterizou em muitos espaços”, define Diogo Noventa, da Cia. Estudo de Cena.

Não foi difícil estimular os grupos convidados a fazer intervenções sobre a classe trabalhadora. “Todos os coletivos têm parcerias com movimentos sociais, como o MST, de forma que sua produção artística já contempla assuntos e formas de interesse dos trabalhadores”, explica Noventa.

A ideia de organizar a mostra nasceu no próprio Arsenal da Esperança, onde a Cia. Estável atua desde 2006 – e que também abrigou a Cia. Estudo de Cena, em 2013. O espaço, onde funcionou a Hospedaria dos Imigrantes, acolhe diariamente centenas de homens sem moradia, desde 1996.

Com os anos de trabalho conjunto, o Arsenal da Esperança e os coletivos teatrais desenvolveram uma relação produtiva, em que público e artistas partilham de perspectivas comuns. “Como esses grupos tratam de questões materiais da vida em suas peças, as pessoas que estão ali albergadas têm uma resposta muito interessante aos trabalhos. São desempregados, trabalhadores informais à margem do mundo do trabalho, talvez as pessoas mais afetadas pelo processo capitalista de exclusão – nem todas as plateias têm sua clareza”.

A I Celebração Teatral 1º de Maio venceu o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro de 2013, na categoria Mostras e Festivais. A Celebração não conta com nenhum tipo de financiamento, sendo organizada unicamente por iniciativa dos grupos, que mobilizam seus próprios recursos.

Programação
14h - Abertura com Companhia Estável, Companhia Estudo de Cena e Coletivo da Albertina
14h15 – Companhia Antropofágica - “Notas sobre Mahagony”
14h45 – Nóis na Mala – “Samba para Construção”
15h30 – Teatro Documentário – “Gracias a la vida que me ha dado tanto”
16h10 – Buraco d’Oráculo – “Canto Cenopoético”
16h35 – Coletivo da Albertina – “Especula-se”
18h –Núcleo de Estudos Cynematográficos – Filme “Ana”
18h20 – Núcleo Pavanelli - teatro de rua e circo – “Luta de Classes”
18h30 – Coletivo Cinefusão –“ Experimento #3 – O Trabalho nos fará dignos”
19h00 – Grupo Teatral Parlendas – “Intervenção Brazil zil zil”
19h30 – Companhia Estudo de Cena – “Cortejo de Quintino Gatilheiro, o Lampião da Mata”
20h20 – Engenho Teatral – “Teatro de Bolso”
“Mostra de Processos - Entre cada apresentação a Companhia Estável realizará números de sua pesquisa sobre Cabaré e Vaudeville”

Serviço
Arsenal da Esperança (rua Dr. Almeida Lima, 900 - Próximo a estação Bresser/Moóca do metrô).

Daqui a pouco, não percam!