quarta-feira, 27 de agosto de 2008

para o TERRITÓRIO2


Vagando com pernas e idéias imprecisas chegamos do trote pro galope.

Engraçado é que desde os tempos mais remotos somos conduzidos pela figura do Sr. Dr. Patrão que ainda comanda nossas ações, pensamentos e emoções, nos empurrando para a sobra do pão nosso de cada dia e fazendo-nos crer na naturalização das imagens que vemos embaixo do viaduto, na exploração do já mísero trabalho, no espancamento de meninos e meninas de rua, na embriaguez do injustiçado e no pó cheirado pelo abafamento da realidade vivida, com a sempre justificativa de que: "deixa pra lá, sempre foi assim", e imersos neste amplo e complexo material, chegamos à conclusão que é sobre estes problemas estampados em nossa cara que necessitamos falar e isso requer uma escolha, ou a gente ataca a reflexão da causa ou ataca os efeitos, ficamos com a primeira opção, pois sabemos que desde que mundo é mundo, nada É, as coisas estão assim porque vieram de algum lugar, que tem origem, nome, identidade, data de fundação e um agradável berço burgo individual que vive muito bem alimentado pelo seu "justo e honesto" Patrão.

E assim do trote pro galope, encontramos o homem já cavalo que nos impulsionou para a sociedade do anonimato.

Osvaldo Pinheiro

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