segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Vídeo do FESTA 57

Confiram aqui o vídeo feito com imagens do FESTA 57, refletindo sobre a Lei de Fomento, com depoimento do ator Nei Gomes da Cia. Estável de Teatro.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Reflexão do Rosa!

No Arsenal, Boca de Rango é nosso nome...

Dia 24 de setembro tivemos uma experiência incrível que queríamos faz muito tempo, apresentar um espetáculo no Arsenal da Esperança em São Paulo.

Foto de Camila Peral
Havíamos assistido alguns espetáculos de amigos dentro desta instituição e sabíamos que lá seria importante compartilhar nosso trabalho, foi mesmo. Cerca de 400 homens que são atendidos pelo Arsenal assistiram a apresentação, além deles mais umas 20 pessoas, artistas de São Paulo e amigos vieram prestigiar.

Arsenal da Esperança é o nome do lugar que um dia abrigou imigrantes vindo de diversos países a procura de nova vida no Brasil, lá eles se hospedavam e aguardavam orientações e possibilidades de trabalhos nos vários cantos de São Paulo. Hoje é uma instituição mantida pela Igreja que atende 1200 homens por dia. Oferece abrigo, comida, alguns cursos profissionalizantes, atendimentos na párea da saúde, educação é um projeto muito importante dentro dessa metrópole engolidora da dignidade e da identidade das pessoas. Os atendidos são homens em situação de rua.

Foto de Camila Peral
Nos aproximamos deste local por conta da Companhia Estável de Teatro, este grupo de artistas atuam dentro do Arsenal, ocupam e oferecem Arte para a população de lá, o Arsenal é a sede da Estável. O lugar é fechado, há regras rígidas para entrar lá, mas a condição daquela imensidão de paredes, prédios e salas nos dá a nítida sensação de apresentar ao ar livre dentro dessa megalópole que é São Paulo. A cada pessoa que encontramos é uma história que ouvimos. Pessoas de todas as idades e de todas as regiões do País. encontramos uma porção de Prudentinos lá e até um ex funcionário da Cocal, empresa patrocinadora deste projeto.

Foto Camila Peral
Há vários artistas lá, como de costume abrimos o palco no início do espetáculo e as pessoas vieram dar o ar da graça, inicialmente dois homens tocaram em cantaram suas modas, umas duas modas de viola conhecidas e até uma autoral em homenagem ao Senna. Coisa maluca era ver os cantores se apresentando para um público difícil, um deslise na afinação ou um acorde mal tocado eles vaiavam e faziam a farra com o cantor. Surpreendentemente os cantores tinham a força de ficar, de cantar mais uma, de enfrentar aquela que provavelmente não era a única daquele dia de tentar calar a sua expressão. Um baterista também se prontificou e tocou com o Maestro Nico China e ao final um rapaz pegou o violão e tocou músicas que se comunicavam mais com aquelas pessoas, foi lindo! Parecia que a noite não ia acabar, mas o Arsenal tem seus horários e tivemos que desligar os equipamentos.

Uma amiga cantora foi nos assistir, Keury, cantou uma música e sua voz foi a única capaz de silenciar aqueles homens, após ela soltar a sua voz que é realmente encantadora víamos na cara daqueles homens antes ariscos, uma expressão de "Ursinho Pimpão", encantados. Assim começamos a nossa farra Saltimbembe Mambembancos!

Foto de Camila Peral
O espetáculo teve uma participação incrível, a risada foi intensa do começo ao fim, nós rimos muito! Havia um camarada imitando uma voz de criança, misturada com desenho animado que atazanou nós e o público. Quando precisamos de um voluntário ele foi ovacionado o público só pedia pára ser ele e daí foi fralda, capacete, coisa boa! Ele era um figura muito bem disposto e adorou a zoeira.

Fomos avisados pelos amigos que a palavra chave lá era "Boca de Rango" e não deu outra, quando chamávamos alguém por esse nome a galera ia ao delírio, "Boca de Rango" é uma gíria usada lá para as pessoas que chegam lá só para comer, chegam direto para a comida. São muitas reflexões sobre isso, usamos muito essa expressão durante o espetáculo, nos inserimos dentro daquela comunidade muito por conta disso, ela tem um tom pejorativo, dizer que a pessoa é o tal "Boca de Rango" é uma certa ofensa, mas durante o espetáculo a coisa virou uma identificação, nós somos os próprios "Boca de Rango", não imaginamos ter que conter a fúria da fome em nome da etiqueta e dos bons modos. A brincadeira a chacota com essa expressão lá é cultural e tem seus porquês que vão além de um relato desses ou de uma apresentação dessa. O fato é que o palhaço quando chega em um local procura essas informações da cultura local para levar pra cena e isso aconteceu de forma muito significativa nesse dia...

Por fim, muita gente feliz, muitos parabéns muitas perguntas de quando vamos voltar, esperamos que em breve, o lugar é fantástico para a arte popular que fazemos.

As fotos desse dia estão no Fliker https://www.flickr.com/photos/regodogorila/albums/72157659313886861


Valeu de montão amigos da Companhia Estável de Teatro!


Foto Camila Peral

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Registros do Rosa dos Ventos

Dia 24 recebemos os parceiros do Rosa dos Ventos no Arsenal, com o espetáculo Saltimbembe Mambembancos.
Um pouquinho de como foi!




O registro completo tá no face dos parceiros! Só clicar aqui.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Apresentação gratuita!

Dia 24 receberemos os parceiros do Rosa dos Ventos no Arsenal, com o espetáculo Saltimbembe Mambembancos, que faz parte de um projeto de circulação do grupo.
Vem que vai ser massa!



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Crítica do espetáculo A EXCEÇÃO E A REGRA

por Bruno Fracchia
Devido à chuva que caiu em Santos no último domingo, a apresentação de A Exceção e a Regra, com a Cia. Estável de Teatro, dentro da programação do FESTA57, foi transferida de um espaço ao ar livre para as dependências do Teatro Municipal Brás Cubas. A encenação de uma das peças didáticas de Bertolt Brecht em um ambiente de certa forma segmentado a artistas corre o risco de se tornar apenas um ensaio aberto. Mas o que ocorreu foi o ato teatral em sua totalidade. Estética, conteúdo e ideologia afinados. Um trabalho emocionante, pelo resultado estético e pela demonstração (sem palavras) da defesa de uma ideologia partilhada por todo da Cia.
O autor de peças como Mãe Coragem e Vida de Galileu não criou obras para servirem de documento histórico, mas sim de material de ação a agir por sua época. E desta forma sua peça foi defendida. Uma montagem viva, urgente, agente social junto a um público constituído por muitos jovens estudantes de teatro que pela primeira vez tinham contato com a dramaturgia de Brecht, posta em cena de forma estudada, respeitosa e responsável. Em cena, um coletivo, que partilha dos mesmos ideais. Todos em constante condição de um jogo cênico que também o público, desde o início, é convidado a jogar. Isso sim uma referência de prática de um Teatro Popular.
Embora soe injusto destaques individuais, simbolizando a recusa ao virtuosismo e o comprometimento com um desempenho a serviço do coletivo, cita-se a atriz Daniela Giampietro. Na função/personagem Juiz em suas outras intervenções, sem nada fazer para aparecer, em cena ela apresenta uma força diferente, garantindo-lhe um destaque que não a faz “roubar” a cena (algo incompatível com um trabalho como este), mas que deixa sua imagem em nossa memória. Uma atriz para se observar com bastante atenção.
Para se criar uma obra com tamanha qualidade, não há segredos. É trabalho e pesquisa. O grupo recebeu o olhar de Renata Zanetha (que assina a direção), criou um núcleo de direção musical e estudou a estética do Teatro de Rua e a obra de Bertolt Brecht com seu maior especialista no Brasil, Sérgio de Carvalho. Se um assunto nos envolve e queremos encená-lo com respeito ao público, não há outro caminho. Fica a mensagem.
Um lamento é feito: a impossibilidade de ter assistido a uma das 25 apresentações realizadas pelo grupo em estações da CPTM, em São Paulo. Se o impacto já foi imenso em uma apresentação nas condições descritas acima, imaginemos em espaços de alta movimentação como os das estações de trem e metrô de São Paulo. Que o retorno da Estável a Santos seja breve. Precisamos.
Fonte:

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A Safira e o Diamante: preciosas experiências!

Expedição Linha Safira 
Por Nei Gomes


A sexta Expedição aconteceu na linha Safira.
Nesta Expedição tivemos algumas diferenças de realização do local de apresentação quanto ao que havíamos pensado quando o projeto foi enviado, porém não prejudicou os municípios atendidos ou número de apresentações. Devido a obras nas estações e impossibilidade de local externo em visitas técnicas, a apresentação que aconteceria na estação Itaquaquecetuba foi transferida para a estação Jardim Romano que fica na divisa entre Itaquaquecetuba e São Paulo e a apresentação de Calmon Viana foi transferida para a estação Tatuapé por sugestão do setor de marcketing da CPTM como uma das estações de maior movimento. Cabe lembrar que a estação Calmon Viana pertence ao município de Poá, atendido na linha Coral. 
Estação Jardim Romano – dia 11 de junho às 20h – Em parceria com o coletivo local Extupô Balaio, realizamos a apresentação no lado de dentro das catracas da estação, por estarmos dentro da estação, muitos usuários que saíam dos trens paravam para assistir o espetáculo. Média de 50 pessoas.
Estação São Miguel Paulista – dia 12 de junho às 20h – Apesar de ser uma data comemorativa e estar um dia bastante frio, a escolha do local e a alta circulação possibilitou uma apresentação com bastante público. O local foi entre a estação e uma movimentada praça do bairro. Média de 60 pessoas.
Estação Tatuapé – dia 18 de junho às 20h – A apresentação foi realizada dentro da estação num vão bastante grande que comportou o maior público atendido até esta Expedição. Por ser uma estação de bastante movimento, estando ligada ao metrô e também entre muitos comércios, tivemos uma média de 200 pessoas acompanhando o espetáculo.


Expedição Linha Diamante 
Por Juliana Liegel

A última linha da CPTM a receber Expedição: A Exceção e a Regra foi a Diamante, que liga a estação Júlio Prestes à Itapevi. Iniciamos na Estação Osasco no dia 30/06, terça-feira, às 20h. Escolhemos realizar a apresentação em frente a entrada da estação, onde existe um calçadão repleto de lojas e comércio ambulante. O fluxo intenso de estudantes e trabalhadores propiciou uma grande roda de aproximadamente 150 pessoas que acompanharam o espetáculo com entusiasmo apesar do frio. Ao final da apresentação fomos convidados pela TV Osasco para entrevista no dia seguinte.
No dia 01/07, às 11h, ao vivo no canal 05 da NET para Osasco e região e pela internet, a Companhia Estável participou do programa de entrevistas onde divulgou as apresentações da Expedição Diamante. A apresentação deste dia, marcada para a Estação Barueri, foi adiada para o dia 09/07 por conta de uma forte garoa no horário da apresentação, pois a estação não possuía local coberto.
Na terça-feira, dia 07/07 às 20h, foi realizada a apresentação na estação Carapicuíba. Muito bem recebidos pelos funcionários, realizamos a apresentação ao lado das catracas de saída. A estação comportou muito bem o espetáculo. Aquecemos o ambiente com jogos envolvendo a plateia e tivemos cerca de 100 espectadores atentos. Realizamos gravação da peça neste dia.
No dia seguinte, 08/07, também às 20h foi a vez da estação Itapevi. Decidimos fazer a apresentação do lado de dentro da estação, antes das catracas. Notamos o intenso fluxo de pessoas que à princípio, enquanto arrumávamos cenário e adereços, passavam apressados. Assim que tudo estava pronto e cantamos algumas canções para aquecer a voz, o público foi parando, um pouco intimidado, olhando de longe. Quando iniciamos já havia uma grande plateia composta por trabalhadores de diversas idades, mães e filhos, vendedores com suas cestas de mercadorias, aos poucos sentaram-se nas esteiras e tivemos uma média de 120 pessoas. Ao longo do espetáculo foi aumentando cada vez mais o número de espectadores.
Dia 09/07, às 20h, fomos para Barueri, repor a apresentação do dia 01/07. Realizamos a apresentação ao lado da entrada da estação, em frente ao terminal de ônibus. Mesmo sendo feriado tivemos uma plateia bastante intensa, com muitos jovens, crianças e também moradores de rua que assistiram muito interessados. Público estimado de 90 pessoas Em um momento de identificação com o personagem do carregador um desses homens em situação de rua declamou uma poesia emocionando atores e plateia. Momentos especiais de nossa expedição.
Na sexta-feira, dia 10/07 realizamos a penúltima apresentação deste projeto em Jandira, a última apresentação noturna. No corredor de acesso às escadas que levam às catracas, realizamos a apresentação que contou com uma média de 110 pessoas que assistiram, muitas em pé, pois não pudemos colocar todas as esteiras para garantir a circulação dos transeuntes. Antes de iniciarmos, alguns jovens que haviam chegado no meio do espetáculo em Carapicuíba, se apressaram em ocupar os lugares da frente e avisaram que hoje eles veriam o espetáculo inteiro. O carinho e retorno do público de uma estação à outra para nos assistir foi uma constante em todas as linhas e dão à Companhia Estável a certeza de estar trilhando um caminho de extrema importância para a cultura no estado de São Paulo.

Com esta perspectiva, encerramos nossa expedição na Estação Júlio Prestes, no dia 11/07, sábado, às 11h da manhã. Nesta estação histórica responsável por transportar tanta riqueza de nosso Estado, situada na região central, cercada da contradição desta metrópole que é o local de origem do grupo,  realizamos uma belíssima apresentação, com cerca de 200 pessoas que acompanharam o espetáculo no saguão de entrada. Sem dúvida, foi uma apresentação muito emocionante: Expedição cumprida com sucesso!

Expedições Turquesa e Coral - reflexões

Expedição linha Turquesa 
Por Sergio Zanck

                Durante o mês de abril a Expedição “A Exceção e a Regra” esteve na Linha 10 – Turquesa, da CPTM. Realizando apresentações nas estações de Ribeirão Pires, Mauá, Santo André e São Caetano, sempre em dias da semana (segundas ou sextas) no horário das 20h.
                Até o momento em que a realizamos, foi a expedição com a maior média de público. Atribuímos esse grande numero de espectadores a dois fatores: Primeiramente pela escolha das datas e horários. Em expedições anteriores constatamos, ao realizar apresentações aos domingos, uma quantidade menor de espectadores. Já nesse trecho todas as ações foram em dias da semana, em um horário de grande fluxo de trabalhadores nas estações. Outro fator que colaborou para a grande quantidade de público foi que, a companhia possui em seu elenco várias pessoas que vieram dessa região. Assim, foi grande a quantidade de familiares, amigos, grupos parceiros que assistiram aos espetáculos.
                A primeira apresentação dessa linha foi em 10 de abril, em Ribeirão Pires, aconteceu de forma muito espontânea. A CPTM disponibilizou uma área ainda dentro das dependências da estação. Ao pé de uma árvore, com piso paralelepípedos, com a bucólica escadaria da estação de arquitetura antiga servindo de arquibancada. A peça aconteceu de forma tranquila, para com plateia repleta de artistas de grupos locais, amigos, familiares, além do grande público espontâneo que a cada trem parava para assistir.
                Nossa segunda parada foi dia 17 de abril, na estação Mauá, se desenvolveu bem, depois de um início conturbado. Ao chegar no local previamente acertado em visita técnica (realizada semanas antes) com a CPTM, em um calçadão na porta da estação, fomos impedidos pela guarda municipal e suposto “fiscal de uso de solo” de montar nossa área cênica.
Com argumentos de aquela seria uma área de circulação de responsabilidade da prefeitura e que não tínhamos autorização municipal, negaram nossa ação. E com delicadas indiretas e ameaças ao elenco e à administração da CPTM nos impediriam de apresentar. A CPTM se mostrou extremamente parceira do projeto, disponibilizando uma área dentro da estação e liberando a entrada sem passar pelas catracas para quem foi assistir ao espetáculo.
Após esse pequeno percalço a apresentação se desenrolou muito bem, novamente para um grande público, composto de artistas de grupos locais, alguns convidados do grupo e público espontâneo que descia a cada trem que chegava.
                Nossa terceira apresentação foi dia 20 de abril, em Santo André, aconteceu na porta da estação, mais uma vez reunindo um grande público, além de alunos da Escola Livre de Teatro, Fundação das Artes de SCS, e Faculdade FAINC.
                Finalizamos este trecho na porta da estação São Caetano no dia 27 de abril. Novamente para um grande público. Na plateia estavam os estudantes das escolas já citadas, além de alunos do projeto Vocacional de São Paulo, e vários artistas de grupos locais.
                Um trecho muito prazeroso de se apresentar, com o espetáculo sendo assistido por muitos estudantes e profissionais da área, além de amigos e familiares de nosso elenco. Muitos retornos, questionamentos e possibilidades para o espetáculo, e para cada um de nós.
Para nosso público alvo, os trabalhadores, muitos que nunca foram ao teatro, a peça segue causando identificação e reflexão, diversos são os retornos sobre esse ponto. O que aumenta nossa certeza de que estamos apresentando nos locais certos, para as pessoas certas. Seguimos como o projeto, rumo à linha Coral.
               
Expedição Linha Coral 
Por Nei Gomes

A quinta Expedição realizada no projeto contou com quatro apresentações na linha Coral.
A essa altura do projeto muitas das análises sobre o processo de apresentação nesta perspectiva já estavam maduras e nos fizeram ter caráter menos experimental e mais assertivo quanto à escolha dos locais e horários. Já nas visitas técnicas realizadas anteriormente às apresentações muitas determinações eram definidas com maior rapidez e eficácia, depois comprovadas pela própria apresentação e relação com o público que a assistia. Para esta Expedição nossa Companhia passou por um processo de mudança no elenco com a substituição da atriz Andressa Ferrarezi e a entrada da atriz Miriele Alvarenga. Pelo fato do projeto ser tão dinâmico e intenso o grupo estava bastante alinhando, conseguindo seguir com as apresentações sem abalos estruturais e deficiência nas atividades. A seguir a descrição dos locais de apresentação e breve relato sobre essa experiência.
Estação Guaianazes – Dia 08 de maio às 20h – A apresentação foi realizada do lado de fora da estação, em frente ao terminal de ônibus num espaço de grande circulação. Muitos ambulantes e pessoas que entrariam nos ônibus rumo a suas casas pararam para assistir o espetáculo. Tivemos uma média de 60 pessoas acompanhando desde o início e muitos que paravam e permaneciam o tempo possível dentro de suas viagens.
Estação Poá – Dia 12 de maio às 20h – A apresentação que estava marcada para acontecer na Praça dos Expedicionários em frente à estação teve que ser transferida para dentro da estação. Por conta da forte chuva no dia, alinhamos com os funcionários da estação e conseguimos um espaço interno ao lado das catracas para realizarmos esta apresentação. Muitas pessoas aproveitaram a impossibilidade de seguirem pelas ruas por causa da chuva para assistirem o espetáculo na saída das catracas.
Estação Suzano – dia 21 de maio às 20h – Em parceria com o coletivo local Contadores de Mentira, tivemos uma apresentação bastante cheia em uma das saídas da estação. Com muitos convidados e público espontâneo, um número aproximado de 140 pessoas acompanharam nossa apresentação.

Estação Mogi das Cruzes – dia 23 de maio às 11h – Buscando outros públicos, decidimos realizar uma apresentação no período da manhã na saída da estação Mogi das Cruzes. Além dos usuários da CPTM e passantes pelas ruas, tivemos a presença de um grupo de estudantes de teatro do projeto Fábricas de Cultura. Média de 160 pessoas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Relatos Linha Esmeralda e Linha Rubi

Expedição Linha Esmeralda 
Por Paula Cortezia

A Cia. Estável iniciou a circulação da Expedição Exceção e a Regra em três estações da linha Esmeralda. A primeira estação visitada marcou uma estreia cheia e participativa. Dia chuvoso, término de expediente de toda uma semana de trabalho, os passantes naquela sexta-feira, 06 de Março, demonstravam interesse por aquela quebra de rotina desde a montagem dos elementos de cena. Muitos já foram se acomodando nas esteiras, outros se recostavam nas paredes mais distantes esperando para ver “que bicho seria aquele”.
A escolha do local de apresentação, dentro da estação, e logo atrás da catraca, garantiram que o espaço estreito se tornasse protegido de interferências e acolhedor. O público, em média 120 pessoas e bastante variado, colocou-se de maneira bem próxima ao espetáculo, tanto fisicamente quanto no acompanhamento concentrado dos eventos da cena. Participativo, não teve receio de interagir com o espetáculo, rir alto e até dar conselho à personagem do Carregador: ”Não entrega, não!”, referindo-se a fala dele de dar o resto de sua água para o patrão.
Reforçando a tendência que o grupo vinha percebendo na rua, boa parte do público dividia o entrosamento na plateia com a intermediação do espetáculo pelo celular. Fotos, “selfies”, vídeos. Tudo para rever imediatamente após o espetáculo. Rever e até questionar. “Por que vocês vieram fazer isso aqui para o povão?”, perguntou uma senhora acostumada a ir ao SESC para ver teatro. Não se enxergava parte daquele “povão” trabalhador que circulava pela estação de trem do Grajaú. Mas estava lá e em comunhão com aquele “povão” trabalhador do teatro.
Próxima parada, dia seguinte, sábado, 07. Desembarque na estação Santo Amaro. Dessa vez, o local escolhido foi no caminho entre o desembarque do trem e saída ou transferência para a linha Lilás do metrô. Dessa vez, o espaço era mais disperso por conta do fluxo das pessoas e interferências sonoras do trem. Nesse contexto, e também pela característica do dia ser um sábado a noite, menos caracterizado como momento de retorno do trabalho, gerou uma concentração maior de jovens para assistir ao espetáculo, em um público médio de 70 pessoas. Apesar disso, muitos passantes paravam em determinados momentos e, ainda que com pressa, detinham-se no trajeto para espiar um pouco. Outros passantes demonstraram irritação pela interrupção do fluxo de circulação no trem, provocado por aquela quebra de rotina da estação, especialmente na passagem da peça em que o elenco, com ajuda do público, monta um rio, ampliando o espaço de representação.
Aspecto marcante também na apresentação foi o desconhecimento dos funcionários sobre a atividade, apesar do diálogo prévio com a CPTM e responsáveis pela estação. O próprio banner, deixado na noite anterior com autorização para a divulgação do espetáculo, havia sido guardado para o grupo, com a preocupação de que se perdesse! Ao longo dos preparativos, contamos ainda com problemas técnicos de utilização de pontos de luz, mas enfim tudo se resolveu. E, ao final do espetáculo, a reação dos funcionários era oposta. “Vocês tem que apresentar aqui de novo! Vamos fazer diferente da próxima vez”, disseram funcionários empenhados em repetir a atividade.
Por fim, o grupo fechou o final de semana e a circulação pela linha Esmeralda no domingo, 08, na estação Ceasa. Organizado em um espaço amplo dentro da estação, de passagem da plataforma às catracas e próximo ao banheiro feminino, o grupo fez a aposta de atingir um grupo grande de mulheres e crianças que saiam costumeiramente naquele horário das 17h da visita aos parentes do Cadeião e se trocavam pela estação antes de ir embora. Apresentação simbólica e importante marcando o Dia da Mulher e discutindo intimamente a realidade daquele público específico. Mas contamos com a adversidade: justamente por conta da particularidade daquele dia, o horário de visita do Cadeião havia sido alterado, o que reduziu o público estimado. Mas ainda assim contamos com a presença de algumas famílias, mulheres e seus filhos, e outros passantes. A marca social no público se fazia presente e era visível o cansaço e o peso daquele momento, o que caracterizou uma apresentação e troca densa com os presentes.
  
Expedição linha Rubi 
Por Luis Calvo

Para a Expedição que realizamos na linha Rubi da CPTM entramos em contato com agentes culturais/sociais da região para em conjunto com a rede de apoio da CPTM (chefia e demais funcionários das estações) definirmos os melhores horários e locais e posteriormente obtermos auxílio na divulgação das apresentações. Essa escolha se mostrou importante, visto que um dos objetivos do projeto é tentar identificar fluxos de trabalhadores que possam vir a se tornar público potencial para apresentações culturais. Acreditamos que durante todo o projeto ocorrerão possíveis ajustes de horários e espaços visto que cada localidade possui uma dinâmica de convivência própria.

Perus - 13 de Março, sexta-feira às 20h – A apresentação foi realizada na Praça Inácio Dias (em frente à saída da estação) local em que também é realizado o Sarau Quilombaque.
A apresentação contou com o apoio técnico e logístico do Coletivo Quilombaque (Grupo da região que desenvolve atividades artísticas, políticas e sociais). Tivemos um público aproximado de 50 pessoas, formado em sua maioria por trabalhadores que retornavam às suas casas após exaustiva jornada de trabalho. Vale destacar que a dinâmica comumente presente em apresentações na rua (interferência de cachorros, bêbados, barulho de carros etc), neste dia se fez notar pela figura de um senhor alcoolizado que durante boa parte do espetáculo buscou interagir com a história, e por vezes interferia no andamento da apresentação. Contornada a situação, o espetáculo prosseguiu normalmente.
Francisco Morato – 14 de Março, sábado às 14h – Por indicação da chefia da estação a apresentação foi realizada na saída próxima às catracas. Nessa apresentação contamos com um público estimado de 70 pessoas. Por ser um sábado foi possível notar que muitas pessoas (famílias com crianças, mães com filhos, etc.) voltavam com sacolas de compras possivelmente realizadas no comercio paulistano (Braz, Lapa, Luz, etc.). É importante destacar que a relação do público durante a apresentação foi intensa o que tornou o espetáculo mais dinâmico.
Jundiaí - 15 de Março, Domingo às 14h – Essa apresentação foi realizada na área externa da estação, por indicação da chefia da estação. Acreditamos que por se tratar de um domingo o fluxo de pessoas foi bem reduzido. Apesar disso, aproximadamente 30 pessoas circularam durante a apresentação e aqueles que se detiveram no espetáculo se mostraram muito atentos a história e comentavam entre si sobre os temas ali abordados.
Caieiras - 21 de Março, sábado às 20h – Seguindo indicação da chefia da estação iniciamos a preparação para a apresentação na rua próxima à cancela de saída da estação, mas devido à chuva foi preciso deslocar a apresentação para dentro do terminal de ônibus (área coberta). O local não era muito indicado para apresentação (barulho dos ônibus manobrando, próximo aos banheiros – mau cheiro, etc.), mas optamos por realizar o espetáculo assim mesmo. Como a outra opção seria cancelar a apresentação decidimos realizar a li mesmo, até porque a divulgação havia sido feita e algumas pessoas já se encontravam no local para acompanhar o espetáculo. Mesmo com todos os infortúnios (frio, chuva, barulho, mau cheiro dos banheiros, etc.) tivemos um público estimado de 20 pessoas que acompanharam o espetáculo do inicio ao fim, interagindo de forma dinâmica.
Franco da Rocha – 22 de Março, domingo às 14h – Essa apresentação a principio havia sido agendada (e até mesmo divulgada!) para as 20 horas, mas por se tratar de um domingo com clima frio e chuvoso fomos aconselhados tanto pela pessoa responsável da estação como por agentes locais que o melhor seria transferir a apresentação para as 14 horas, pois nesse horário teríamos a possibilidade de ter maior fluxo de pessoas na estação. Seguindo os preciosos conselhos, realizamos a apresentação no domingo à tarde na área de saída da estação localizada próxima as escadas que dão acesso aos trens. A mudança de horário foi proveitosa, pois de fato tivemos um público, que apesar de pequeno (aproximadamente 30 pessoas) se mostrou muito interessado. Pudemos notar que até mesmo as pessoas que se encontravam na plataforma dentro da estação acompanhavam o que estava acontecendo ali, desde a preparação do espaço e dos atores até a apresentação, no espaço de tempo que tinham entre sua chegada na plataforma e a partida do trem que estavam esperando.
Chamou-nos a atenção um grupo de uns dez garotos, aparentando ter entre 10 e 15 anos, que chegaram com um trem e se fixaram ali desde nossa preparação até o final da apresentação e acompanhavam atentamente tecendo alguns comentários em determinadas cenas. Em alguns momentos pareceu-nos, por conta de suas reações, que havia certa identificação com as situações de exploração e repulsa com as cenas de violência e repressão ali apresentadas.

Por fim, cabe destacar a preciosa ajuda que recebemos da Joice, uma agente cultural moradora de Caieiras que tinha uma valiosa rede de contatos e profundo conhecimento da dinâmica social da região. Desde nosso primeiro contato, na apresentação em Perus, Joice se mostrou muito prestativa e disposta a nos ajudar, e nós não desperdiçamos sua gentileza e carinho.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Compartilhamento sobre a Expedição!

A Cia. Estável de teatro tem em sua história a constante relação com o entorno dos locais onde está inserida, com o espetáculo A Exceção e a Regra está relação ganha um salto pelo fato de, além de se relacionar com os 1200 homens em situação de rua da casa de acolhida Arsenal da Esperança, busca interlocução com o público em locais de passagem e transição de grande número de pessoas. Após se apresentar em praças e ruas onde está circulação é intensa, a Cia. Estável realizou vinte e cinco apresentações gratuitas do espetáculo A Exceção e a Regra na saída de vinte e cinco estações de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Cada trajeto nas linhas da CPTM foi chamado de Expedição, em referência ao próprio texto, que acontece uma viagem realizada pelo deserto por duas expedições.
Para compor a multiplicidade de olhares sobre a experiência vivida e, ao mesmo tempo relata-la, o formato da prestação foi por Expedição (Linha da CPTM em que aconteceram as apresentações), sendo um integrante responsável por cada relato.
Por se tratar de um espetáculo de Rua e feito em espaços de circulação, não foi possível ter o número exato de pessoas assistindo a cada apresentação.

Cabe lembrar que o projeto foi mais que as 25 apresentações, sendo também a pesquisa sobre melhores locais e horários nas estações e compartilhamento da experiência vivida em meio virtual.

Nos próximos dias vamos divulgando o relato de cada expedição!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Término do Projeto Expedição

Hora de agradecer :)
Foram 25 apresentações do espetáculo A EXCEÇÃO E A REGRA nesta longa expedição na CPTM.
Fizemos este vídeo para agradecer aos amigos, familiares e parceiros de longa data que nos ajudaram a realizar este incrível projeto. Muitíssimo obrigado <3

Secretaria da Cultura, Cooperativa Paulista de Teatro, Cantina Luna di Capri, Planeta's Restaurante, Arsenal da Esperança, RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM e Governo do Estado de São Paulo .

Com carinho, 
Companhia Estável de Teatro
Evoé


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Apresentação na Júlio Prestes

ÚLTIMA apresentação!
Pois é caros amigos, chegando ao fim de mais uma jornada.
Vamos acordar bem cedo para este último embarque, às 11H00 na Estação Júlio Prestes.
Quem embarca?


Apresentação em Jandira!

É hoje! Corre que tá acabando!


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Apresentação em Itapevi

Contagem regressiva, estão acabando as apresentações do espetáculo A EXCEÇÃO E A REGRA. Aqui algumas fotos da apresentação de ontem em Itapevi! Mais no Face!




terça-feira, 7 de julho de 2015

terça-feira, 30 de junho de 2015

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Expedição Linha Diamante!

Nessa semana começam as apresentações por seis estações da linha Diamante da CPTM!
Essa é a última expedição do projeto, fiquem de olho!



segunda-feira, 22 de junho de 2015

Estável nas redes sociais!

Boa tarde, galera!
Aproveitem pra curtir e acompanhar a companhia nas redes sociais!


Facebook: www.facebook.com/ciaestaveldeteatro
Instagram: instagram.com/Ciaestaveldeteatro
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCjUtYdMRMT-rgFpvnTnBYcw

terça-feira, 5 de maio de 2015

Apresentações na Linha Coral

Estamos chegando na Zona Leste de SP!
As próximas apresentações serão na Linha Coral da CPTM.


 Dia 08/05:


Dia 12/05:


Dia 21:


Dia 23:


Simbora?

quinta-feira, 30 de abril de 2015

quarta-feira, 29 de abril de 2015

1º de Maio

Vamos nessa, companheirada.
1º de maio - Celebração Teatral com Engenho Teatral, Companhia Estudo de Cena e Cia Estável de Teatro.



quinta-feira, 5 de março de 2015










Estações da CPTM são palco para espetáculo A Exceção e a Regra, montagem da Cia Estável de Teatro para o clássico de Bertolt Brecht

Apresentado nas saídas das estações de trem, grupo leva
 texto do autor alemão para as ruas.  As sessões são gratuitas.

A Cia Estável de Teatro, com apoio do Proac Circulação apresenta o projeto Expedições, uma série de apresentações do espetáculo A Exceção e a Regra por estações da Companhia de Trens Metropolitanos de São Paulo (CPTM). A montagem do clássico de Bertolt Brecht  (1998/1956) tem direção de Renata Zhaneta

O projeto começa pela linha Esmeralda com sessões dias 6 de março (sexta-feira, às 20h) na Estação Grajaú; dia 7 de março (sábado, às 20h) na Estação Santo Amaro e dia 8 de março (domingo, às 17h) na Estação Ceasa.

Depois segue para a linha Rubi, dia 13 de março (sexta-feira, às 20h) na Estação Perus; dia 14 de março (sábado, às 14h) na Estação Francisco Morato; dia 15 de março (domingo, às 14h) na Estação Jundiaí; dia 21 de março (sábado, às 20h) na Estação Caieiras e dia 22 de março (domingo, às 20h) na Estação Franco da Rocha.

Ao todo serão 25 estações (outras datas e locais serão divulgados em breve), em 18 municípios cobertos pela malha ferroviária da CPTM. 

Ficha Técnica: 
Texto - Bertolt Brecht. Direção - Renata Zhaneta . Elenco - Andressa Ferrarezi, Daniela Giampietro, Juliana Liegel, Luiz Calvvo, Nei Gomes, Osvaldo Pinheiro, Sérgio Zanck, Paula Cortezia e Zeca Volga. Núcleo de trabalho para dramaturgia - Andressa Ferrarezi, Daniela Giampietro, Nei Gomes e Maurício Hiroshi. Tradução - Alexandre Krug . Direção Musical - Sérgio Zanck. Provocadores em processo de montagem Teatro de Rua - Calixto de Inhamús e Fábio Resende. Teatro Dialético e Dramaturgia - Sérgio de Carvalho. Músicas - Osvaldo Hortencio e Sérgio Zanck.  Cenário e Adereços - Valter Mendes e Dani Abreu. Figurino - Kath Ulian. Maquiagem - Dani Ferrarezi. Produção - Hayanne Oliveira e Adriano Antônio. Projeto Gráfico - Rafael Nunes e Jonatas Marques.

Serviço:
A Exceção e a Regra com a Cia Estável de Teatro.
Dia 6 de março (sexta-feira, às 20h) na Estação Grajaú
Dia 7 de março (sábado, às 20h) na Estação Santo Amaro
Dia 8 de março (domingo, às 17h) na Estação Ceasa
Dia 13 de março (sexta-feira, às 20h) na Estação Perus
Dia 14 de março (sábado, às 14h), na Estação Francisco Morato
Dia 15 de março (domingo, às 14h) na Estação Jundiaí
Dia 21 de março (sábado, às 20h) na Estação Caieiras
Dia 22 de março (domingo, às 20h) na Estação Franco da Rocha
Duração – 60 minutos. Espetáculo de Rua - Classificação Livre. Telefone para informações – 11 98567 8567 11 98121 6554. Ingressos - Grátis.

Informações para imprensa:
Adriana Balsanelli
Fone: 11 99245 4138


domingo, 3 de agosto de 2014

estável recebe

Em Agosto, a Cia. Estável recebe os parceiros do Teatro Imaginário Maracangalha, lá de Campo Grande - MS, e os parceiros da Cia. Sansacroma, da zona sul de SP. 
Quem puder, contribuir com 1kg de alimento, produtos de higiene pessoal ou agasalho.
Vamos chegar!


ESPETÁCULO: "TEKOHA – RITUAL DE VIDA E MORTE DO DEUS PEQUENO”
Teatro Imaginário Maracangalha – Campo Grande/MS

DIA 08 DE AGOSTO (SEXTA-FEIRA) ÀS 20H.

ENTRADA:
1kg de alimento ou produtos de higiene pessoal ou agasalho.

SINOPSE:
O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, ‘Tekoha’, tem um significado peculiar. ‘Teko’ significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. ‘Tekoha’, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de
pertencimento da cultura guarani. é no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser.
O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação tão sagrada aos guaranis.

Gênero: Teatro de rua
Direção: Fernando Cruz
Classificação: livre

FICHA TÉCNICA:
Duração: 50 minutos
Diretor e Ator: Fernando Cruz
Dramaturgia: Fernando Cruz em processo colaborativo com o grupo
Atriz / Ator: Camilah Brito, Fran Corona, Kássia Rosa e Moreno Mourão
Figurino: Ramona Rodrigues
Cenário: Zé Eduardo Caligari Paulino
Adereço: Lício Castro
Sonoplastia: o Grupo

O Grupo Teatro Imaginário Maracangalha atua desde 2006 em Campo Grande-MS. Por opção estética trabalha a pesquisa em teatro de rua e espaços não convencionais para encenação numa perspectiva crítica e provocadora; com isso amplia o conceito de acesso as artes cênicas, circulando por ambientes que independem da caixa cênica tradicional para compartilhar conteúdo e arte. O formato 360º e os cortejos são marcas
tradicionais do TIM. O grupo estreou com a peça Amar é..., pesquisando o universo do clown, abordando amor e diferenças entre uma palhaça cega e um palhaço mágico, o grupo recorre a referências de Charles Chaplin e a gagues tradicionais do circo. Do repertório constam também a peça cômica O último beijo, uma adaptação de foto e rádio novela encenada a partir das fotonovelas produzidas na Revista Grande Hotel da década de 60. Desde 2009 circula com a peça de rua Conto da Cantuária, texto medieval de Geofrey Chaucer em Contos de Canterbury (1340) que aborda o comércio das religiões, para tanto utiliza-se da pesquisa no teatro de bufões e cantigas religiosas.
Em cortejo apresenta marchinhas de carnaval e sátiras políticas além de temas diversos e poesias do poeta corumbaense Lobivar Matos que foi objeto de pesquisa para espetáculo de rua Areôtorare sobre a obra e vida deste grande poeta brasileiro e sul-matogrossense. Em 2010 o TIM estreou o espetáculo de rua Tekoha - ritual de vida e morte do Deus Pequeno, sobre a vida do líder indígena Guarani Marçal de Souza contemplado com Prêmio FUNARTE Artes Cênicas nas Ruas 2010.
Ao longo destes anos, a trupe participou ativamente de vários festivais, circuitos e mostras com espetáculos, performances, cortejos e oficinas.
O grupo ainda faz parte da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR) discutindo estéticas e políticas públicas para arte pública em espaços abertos.

CURRÍCULO DO ESPETÁCULO:
2011
2º Festival Rosa dos Ventos/ Presidente Prudente-SP: Tekoha
MS Em Cena-5ª Representação/ Três Lagoas-MS: Tekoha
2012
13º Festival de Inverno de Bonito/ Bonito-MS: Tekoha
5º Amazônia Encena na Rua/ Porto Velho-RO: Tekoha
4ª Mostra de Teatro de Rua da Zona Norte/ São Paulo-SP: Tekoha
11º Festival Internacional de Artes Cênicas Goiânia Em Cena/ Goiânia-GO: Tekoha
Ato Nacional Guarani-Kaiowás/ Campo Grande-MS: Ferro em Brasa e Tekoha
2013
Sesc Encena MS/ Campo Grande-MS: Tekoha
55º Festival Santista de Teatro/ Santos-SP: Tekoha
8ª Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas/ São Paulo-SP: Tekoha

ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL ARTÍSTICO E
SÓCIO AMBIENTAL TEATRO IMAGINÁRIO MARACANGALHA
Contato: (67) 3356-7682/ 9250-9336
www.imaginariomaracangalha.blogspot.com.br
teatroimaginariomaracangalha@gmail.com
www.facebook.com/imaginario.maracangalha

Local: Arsenal da Esperança
Endereço: Rua Dr. Almeida Lima, 900
(Próximo a estação Bresser/Moóca do metrô).
http://www.territorioestavel.blogspot.com/
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ESPETÁCULO "OUTRAS PORTAS, OUTRAS PONTES”
Cia Sansacroma de Dança – Extremo Sul de São Paulo-SP

DIA 29/08 (sexta), 30/08 (sábado) às 20h e
31/08 (domingo) às 19h.

ENTRADA:
1kg de alimento ou produtos de higiene pessoal ou agasalho.

SINOPSE:
Em um primeiro momento, o olhar sobre o apartheid “gentil” existente no Brasil, quando negros operários são tratados com sub-cidadãos e os espaços físicos geram separações. No segundo, a dança e o texto mostram quando a consciência desta separação torna-se indignação e é transformada em materialidade poética, explorando questões como herança cultural e identidade do brasileiro.

FICHA TÉCNICA:
Direção Artística e Concepção: Gal Martins
Direção Coreográfica: Yáskara Manzini
Interpretes Criadores: Bárbara Santos, Djalma Moura, Ciça Coutinho, Thiago Silva, entre outros.
Preparação Corporal: Bruno Peixoto, Edson Fernandes, Robson Lourenço, Alex Soares e Yáskara Manzini
Ensaiador: Thiago Silva
Trilha Sonora: Cláudio Miranda, Zinho Trindade e Mc Gaspar
Projeto de Luz: Alex Guimarães
Operação de Luz e Som: Bruno Feliciano
Figurino e Adereços: Mariana Farcetta
Direção de Produção: Selene Marinho
Produção: Radar Cultural
Coordenação do Projeto de Aproximação com o Público: Valéria Ribeiro
Estagiária:: Tamisa Betina

Com direção artística de Gal Martins (Prêmio Denilto Gomes 2013 na categoria Difusão da Dança, concedido pela Cooperativa Paulista de Dança), direção coreográfica de Yaskara Manzini, e trilha sonora composta pelo multi instrumentista Cláudio Miranda, da banda Poesia Samba Soul e os músicos Zinho Trindade e MC Gaspar, “Outras portas, outras pontes” abarca dois momentos: uma caminhada cênica no entorno do Tendal da Lapa com termino nas dependências do Tendal. “A ideia é que seja uma singela homenagem crítica do Capão Redondo ao bairro da Lapa, onde essas realidades se cruzam em suas especificidades, como suas ancestralidades se completam e se contemplam”, explica Gal Martins.

A Itinerância do espetáculo surge da necessidade de traçar uma trajetória dramatúrgica.
O espetáculo, antes concentrado nas ruas do Capão Redondo, extremo sul da cidade, tornou-se itinerante pela própria essência da peça, onde seu processo criativo abrange desde o resgate da ancestralidade africano-nordestina até o olhar sensível sobre as questões político-estéticas que permeiam a cultura periférica, dialogando diretamente com a pesquisa estética atual que a Cia vem desenvolvendo a cerca de dois anos que Gal Martins nomeia de: “Dança da Indignação”.

Nesse processo, as indignações identificadas partiram principalmente dos espaços urbanos e comuns aos próprios bailarinos, moradores de regiões periféricas da cidade, lugares onde emergem causas e bandeiras sociais, políticas e poéticas. Segundo Martins, é na rua que essas indignações brotam, e onde as pessoas têm a possibilidade de gritar e expurgá-las. A itinerância do espetáculo surge da necessidade de traçar uma trajetória dramaturgia da história do bairro do Capão Redondo, mas principalmente como essa história dissipa e dialoga com a questão do apartheid social, fazendo assim uma relação com o apartheid da Africa do Sul, local e situação de onde surge a lenda do pássaro que dá nome a Cia – Sansakroma - , uma espécie de gavião que protegia as crianças sul africanas nos massacres provocados pelo Apartheid.

Bailarinos fazem aulas de Parkour
Os bailarinos da Cia. Sansacroma participam de uma preparação corporal com técnicas de Parkour, uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápido e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto. O objetivo é explorar a arquitetura dos lugares com mais possibilidades cênicas e coreográficas onde o espetáculo estiver, já que na primeira parte do espetáculo o elenco realiza uma caminhada cênica nas ruas, sempre acompanhada pelo público.

HISTÓRICO
A Cia Sansacroma é um grupo de dança contemporânea da cidade de São Paulo criado em 2002 pela atriz, dançarina e coreógrafa Gal Martins. Desenvolve trabalhos baseados no hibridismo em dança contemporânea utilizando ainda elementos das artes da palavra como poesia e teatro. Tem como foco fomentar temas que são pertinentes na sociedade atual; mediadas principalmente, por questões que afetam a todos diretamente, seja na rua, nos conceitos, nas relações pessoais, na mídia e na própria arte.

Atua diretamente na região do extremo sul da cidade de São Paulo, propondo uma descentralização e difusão da produção da dança contemporânea na cidade, onde sua sede, o Ninho Sansacroma, oferece para a região uma programação de espetáculos de diversas companhias buscando esse elo entre a produção central e a local.

Local: Arsenal da Esperança
Endereço: Rua Dr. Almeida Lima, 900
(Próximo a estação Bresser/Moóca do metrô).
http://www.territorioestavel.blogspot.com/

Sobre o Arsenal da Esperança:
As instalações onde hoje funciona o Arsenal da Esperança nasceram como Hospedaria de Imigrantes, um enorme conjunto de prédios destinado, desde 1886, a abrigar os recém-chegados a São Paulo. Após cansativa viagem, os imigrantes ficavam na Hospedaria, onde dormiam, faziam as suas refeições, recebiam atendimento médico e conseguiam seus empregos. A casa manteve este mesmo objetivo até os anos 70. Em 1998, no prédio principal da antiga Hospedaria, foi criado o Memorial do Imigrante com o objetivo de preservar, catalogar, pesquisar e divulgar a História da Imigração e memória dos imigrantes que vieram para o Estado de São Paulo. Hoje, portanto, a Hospedaria de Imigrantes de São Paulo continua sendo uma “casa que acolhe”, congregando tanto as funções de preservação da história da imigração quanto de acolhida as pessoas de passagem, que chegam com seus fardos, sofrimentos, projetos e encontram nesse lugar abrigo e respaldo.